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Oi usa tática agressiva na estréia em SP
Empresa promete bônus diários de R$ 20 para quem tem celular pré-pago
Oferta valerá por um ano para quem comprar chip para aparelho pré-pago até o dia 23 deste mês, véspera da ativação do serviço
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A Oi revelou ontem parte do
segredo que vinha guardando:
sua estratégia de preços para
disputar o mercado de telefonia celular em São Paulo.
Como oferta de pré-lançamento, quem comprar chip para o celular pré-pago até o próximo dia 23, véspera da ativação do serviço, terá bônus diários de R$ 20, por um ano.
Nos três primeiros meses, os
usuários poderão utilizar os bônus sem comprar nenhum crédito da operadora. A partir do
terceiro mês, o bônus será condicionado a uma recarga mínima de R$ 10 mensais.
É a oferta comercial mais
agressiva já vista no setor, em
São Paulo, e lembra, pela ousadia, a estratégia adotada pelo
mesmo grupo, no Rio de Janeiro, em 2002, quando ofereceu
ligações gratuitas por 31 anos,
nos finais de semana, aos assinantes que aderissem ao serviço durante o lançamento. TIM,
Claro e Vivo não comentaram a
investida da concorrente.
Os bônus não são cumulativos e poderão ser usados para
ligações do celular para telefones fixos locais, para enviar
mensagens de texto e para chamadas locais ou interurbanas
para outros telefones fixos e celulares Oi, desde que feitas pelo
código 31 da operadora.
Apesar da iniciativa, a Oi diz
que não iniciará uma guerra de
preços em São Paulo. Ela não
informou quanto irá desembolsar para subsidiar as ligações fixas locais durante a promoção.
Nas ligações locais de móvel
para fixo, em São Paulo, a operadora de celular paga à Telefônica 2,8 centavos de real por
minuto de taxa de utilização da
rede local. Esse custo será coberto pela Oi quando o assinante fizer uso do bônus.
Segundo Roderlei Generali,
diretor da empresa em São
Paulo, a Oi encara a distribuição de bônus como investimento, e não como subsídio. "Estamos com a rede pronta e vazia.
É melhor trazer o cliente para
que eles experimentem o serviço", afirmou.
Ela ativará sua rede celular
em São Paulo no dia 24 deste
mês, mas só oferecerá os serviços 3G (banda larga sem fio) no
primeiro trimestre de 2009.
Será a quinta operadora de telefonia celular a disputar o
mercado na capital. De início,
terá cobertura sobre 90% da
população do Estado, mas pequenos municípios (a lista não
foi divulgada) serão atendidos
apenas no ano que vem.
Segundo Generali, a estratégia de preço para o serviço pós-pago só será revelada no dia 23,
véspera da ativação da rede.
O Estado conta, atualmente,
com 33 milhões de celulares
ativos. Apesar de ter a maior
quantidade de aparelhos em
operação do país, São Paulo é o
sexto colocado na proporção de
aparelhos por habitantes.
Para cada 100 habitantes, há
78,2 celulares ativos. À frente
de São Paulo estão o Distrito
Federal (124 telefones para cada 100 habitantes), Rio de Janeiro (88,18), Mato Grosso do
Sul (87,54), Rio Grande do Sul
(83,63) e Goiás (79,22).
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