DA REPORTAGEM LOCAL

A estimativa do Banco Central brasileiro é de o país atrair US$ 17 bilhões em investimentos diretos estrangeiros em 2004.
Se confirmada, a cifra fica bem acima dos US$ 10,1 bilhões que o Brasil obteve no ano passado, segundo dados da Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento).
O problema, entretanto, é que a negociação de fusão da cervejaria brasileira AmBev e da belga Interbrew, que movimentou US$ 6,089 bilhões, mascara o desempenho da entrada de fluxos estrangeiros no Brasil. Descontada a transação entre as duas empresas, a entrada de capital externo fecharia este ano em US$ 8,3 bilhões, quase US$ 2 bilhões a menos que o fraco 2003.
Com o desempenho das exportações brasileiras, que devem somar US$ 94 bilhões neste ano, de acordo com ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), a necessidade de investimentos estrangeiros no país tende a ser suavizada.
A retração de recursos, contudo, pode prejudicar o andamento de projetos do governo. Para tocar obras em infra-estrutura, como portos e estradas, o governo espera atrair capital externo por meio das PPPs. Sem esses investimentos, o desempenho das vendas externas pode ser comprometido.


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