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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
"Regra cambial é do tempo em que complicavam de propósito"
A regulamentação do câmbio
no Brasil ainda pode ser modernizada e simplificada, segundo afirma Hélio Duarte, o
novo presidente da ABBI (Associação Brasileira de Bancos
Internacionais).
"As regras são rígidas demais,
do tempo em que se complicava
de propósito para evitar evasão
de divisas", diz Duarte, que
também é diretor-executivo do
HSBC e da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
"Esse arcabouço está sendo
desmontado, mas as normas
ainda são muito inflexíveis."
A associação, criada na década de 80 pelo presidente do
Banco Central (BC), Henrique
Meirelles, quando ainda trabalhava no BankBoston, reúne 91
bancos estrangeiros.
Embora alguns dos associados tenham apenas representações no país, a maioria é composta de bancos, como Santander ou Bank of America.
Muitos deles participam da
Febraban, mas consideram que
nesta entidade prevalecem as
discussões dos grandes bancos,
em detrimento dos estrangeiros, segundo Duarte.
A ABBI acompanha as deliberações do BC nas áreas internacional e cambial.
"Se somos consultados, a
priori, ajudamos a opinar."
A decisão do governo de taxar a entrada de capital estrangeiro com 2% de IOF, porém, só
foi conhecida a posteriori.
"Não soubemos de nada antes", diz Duarte da medida, que
não considerou boa.
"Vamos ver quanto tempo
vai durar e se terá resultados",
afirma o presidente da ABBI.
"Vamos ver quanto
tempo vai durar e se
terá resultados [a
decisão do governo de
taxar a entrada de
capital estrangeiro com
2% de IOF]"
HÉLIO DUARTE
presidente da ABBI
(dos bancos internacionais)
NO FUNDO DO MAR
O desenvolvimento
de tecnologias para o
pré-sal é um dos temas
na pauta do Brazil Automation ISA 2009,
evento que será realizado entre 10 e 12 de
novembro, em São
Paulo. "Para que 65%
da tecnologia usada no
pré-sal seja nacional,
como o governo quer, o
setor precisa de investimento", diz Jorge Ramos, diretor da ISA
(Sociedade Internacional de Automação, na
sigla em inglês) no
Brasil. A estimativa dele é que o setor movimente R$ 3 bilhões por
ano no Brasil.
DINHEIRO NA ECONOMIA
A redução dos depósitos compulsórios trouxe uma injeção de liquidez na economia da ordem de 2,6% do PIB em 12 meses, segundo estudo da LCA. Em setembro de 2008,
o recolhimento obrigatório de parte dos recursos das instituições financeiras equivalia a 9,6% do PIB. Em setembro deste ano, o volume representou 7% do PIB.
ASSALARIADO 1
Os salários médios nominais do comércio varejista ficaram em R$ 1.255 em setembro em São Paulo, segundo análise da Fecomercio SP, que será divulgada
hoje. Os mais elevados foram
encontrados em lojas de departamentos (R$ 2.221), de
eletrodomésticos e eletroeletrônicos (R$ 1.714) e concessionárias de veículos (R$
1.645). Os menores, em supermercados (R$ 1.060).
ASSALARIADO 2
A Fecomercio SP indica
ainda que, apesar do cenário
favorável em relação à contratação de mão de obra no
comércio, os salários médios
nominais passam por uma
tendência de queda, o que
pode ser atribuído à rotatividade dos segmentos, em que
um empregado novo é contratado com salário ligeiramente menor ao anterior.
SÃO PAULO ALAGADA
As enchentes na região
metropolitana de São Paulo
serão o tema de seminário
promovido pelo Instituto de
Engenharia no dia 10 de novembro, na sede da entidade.
O evento pretende mostrar
causas, soluções e o custo para a sociedade desses alagamentos. As inscrições para o
seminário são gratuitas.
TOMADA
O gasto total da Vale com
energia entre julho e setembro atingiu US$ 596 milhões,
US$ 135 milhões a mais do
que o volume registrado no
segundo trimestre. Apenas
com combustíveis, a despesa
da mineradora somou US$
371 milhões no período, um
incremento de US$ 92 milhões ante o segundo trimestre. Com eletricidade, a empresa desembolsou US$ 225
milhões no terceiro trimestre, 23% acima dos três meses anteriores. A Vale é uma
das maiores consumidoras
de energia elétrica do Brasil.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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