São Paulo, terça-feira, 03 de novembro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

"Regra cambial é do tempo em que complicavam de propósito"

A regulamentação do câmbio no Brasil ainda pode ser modernizada e simplificada, segundo afirma Hélio Duarte, o novo presidente da ABBI (Associação Brasileira de Bancos Internacionais).
"As regras são rígidas demais, do tempo em que se complicava de propósito para evitar evasão de divisas", diz Duarte, que também é diretor-executivo do HSBC e da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
"Esse arcabouço está sendo desmontado, mas as normas ainda são muito inflexíveis."
A associação, criada na década de 80 pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, quando ainda trabalhava no BankBoston, reúne 91 bancos estrangeiros.
Embora alguns dos associados tenham apenas representações no país, a maioria é composta de bancos, como Santander ou Bank of America.
Muitos deles participam da Febraban, mas consideram que nesta entidade prevalecem as discussões dos grandes bancos, em detrimento dos estrangeiros, segundo Duarte.
A ABBI acompanha as deliberações do BC nas áreas internacional e cambial.
"Se somos consultados, a priori, ajudamos a opinar."
A decisão do governo de taxar a entrada de capital estrangeiro com 2% de IOF, porém, só foi conhecida a posteriori.
"Não soubemos de nada antes", diz Duarte da medida, que não considerou boa.
"Vamos ver quanto tempo vai durar e se terá resultados", afirma o presidente da ABBI.

"Vamos ver quanto tempo vai durar e se terá resultados [a decisão do governo de taxar a entrada de capital estrangeiro com 2% de IOF]"
HÉLIO DUARTE
presidente da ABBI (dos bancos internacionais)

NO FUNDO DO MAR

O desenvolvimento de tecnologias para o pré-sal é um dos temas na pauta do Brazil Automation ISA 2009, evento que será realizado entre 10 e 12 de novembro, em São Paulo. "Para que 65% da tecnologia usada no pré-sal seja nacional, como o governo quer, o setor precisa de investimento", diz Jorge Ramos, diretor da ISA (Sociedade Internacional de Automação, na sigla em inglês) no Brasil. A estimativa dele é que o setor movimente R$ 3 bilhões por ano no Brasil.
DINHEIRO NA ECONOMIA

A redução dos depósitos compulsórios trouxe uma injeção de liquidez na economia da ordem de 2,6% do PIB em 12 meses, segundo estudo da LCA. Em setembro de 2008, o recolhimento obrigatório de parte dos recursos das instituições financeiras equivalia a 9,6% do PIB. Em setembro deste ano, o volume representou 7% do PIB.

ASSALARIADO 1
Os salários médios nominais do comércio varejista ficaram em R$ 1.255 em setembro em São Paulo, segundo análise da Fecomercio SP, que será divulgada hoje. Os mais elevados foram encontrados em lojas de departamentos (R$ 2.221), de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (R$ 1.714) e concessionárias de veículos (R$ 1.645). Os menores, em supermercados (R$ 1.060).

ASSALARIADO 2
A Fecomercio SP indica ainda que, apesar do cenário favorável em relação à contratação de mão de obra no comércio, os salários médios nominais passam por uma tendência de queda, o que pode ser atribuído à rotatividade dos segmentos, em que um empregado novo é contratado com salário ligeiramente menor ao anterior.

SÃO PAULO ALAGADA
As enchentes na região metropolitana de São Paulo serão o tema de seminário promovido pelo Instituto de Engenharia no dia 10 de novembro, na sede da entidade. O evento pretende mostrar causas, soluções e o custo para a sociedade desses alagamentos. As inscrições para o seminário são gratuitas.

TOMADA
O gasto total da Vale com energia entre julho e setembro atingiu US$ 596 milhões, US$ 135 milhões a mais do que o volume registrado no segundo trimestre. Apenas com combustíveis, a despesa da mineradora somou US$ 371 milhões no período, um incremento de US$ 92 milhões ante o segundo trimestre. Com eletricidade, a empresa desembolsou US$ 225 milhões no terceiro trimestre, 23% acima dos três meses anteriores. A Vale é uma das maiores consumidoras de energia elétrica do Brasil.


com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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