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ARGENTINA
Ação do BC segura moeda
Dólar permanece estável no 1º dia sem "corralito"
DA REDAÇÃO
Um ano após muitos protestos
e disputas judiciais, acabou oficialmente ontem o "corralito"
que restringia a livre movimentação das contas bancárias na Argentina. A liberação dos depósitos não provocou uma corrida
aos bancos e teve impacto restrito
sobre a cotação do dólar.
No mercado de câmbio regulado pelo Banco Central da Argentina, o dólar permaneceu estável,
cotado a 3,55 pesos, como na sexta-feira. Nas casas de câmbio, o
dólar iniciou o dia em ligeira alta,
mas acabou cotado a 3,63 pesos,
com queda de 0,8%.
"O que se está liberando hoje
são os recursos necessários ao
funcionamento econômico", disse o ministro da Economia, Roberto Lavagna, à rádio América.
Em alguns bancos e casas de
câmbio do centro de Buenos Aires, pessoas interessadas em comprar dólares formavam filas de até
uma quarteirão. Mas o BC interveio, vendendo US$ 72,6 milhões,
o que foi suficiente para atender à
demanda e evitar uma disparada
na cotação da moeda dos EUA.
O "corralito" foi instituído em
dezembro do ano passado, pelo
então ministro da Economia Domingo Cavallo. A medida tinha a
intenção de evitar uma corrida ao
sistema bancário, ou seja, um saque em massa, o que destruiria o
sistema bancário do país.
Além de não evitar o colapso do
peso, o "corralito" desencadeou a
ira da população contra o então
presidente Fernando de la Rúa,
que renunciou ainda naquele mês
de dezembro, no dia 20.
Com o fim do "corralito", ficam
livres para movimentação cerca
de 21 bilhões de pesos depositados em contas correntes ou em
cadernetas de poupança. Mas outros 15 bilhões só deverão começar a ser liberados a partir do ano
que vem. São aplicações em renda
fixa, que continuam bloqueadas.
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