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MERCADO FINANCEIRO
Índice vai a 1.527 pontos; Bovespa sobe 1,56% e dólar cai 0,82% após vencimento da dívida cambial
Risco-país cai 3,9% e é o menor desde julho
DA REPORTAGEM LOCAL
Após fortes oscilações na semana passada, o risco-país caiu
3,9%, para 1.527 pontos, o menor
valor desde julho. A expectativa
positiva em relação ao novo governo e o superávit da balança comercial de US$ 1,264 bilhão em
novembro animaram o mercado
internacional.
O C-Bond, título de maior peso
na composição do risco-país, se
valorizou 3,22%.
O dólar fechou em queda de
0,82%, para R$ 3,625. Aproximadamente US$ 2,3 bilhões da dívida cambial do governo venceram
ontem, mas 71% dela já havia sido
renegociada na semana passada.
Sem a pressão desses vencimentos e com a valorização dos títulos
externos brasileiros, a moeda
norte-americana caiu e, segundo
analistas, pode cair ainda mais.
Um dos empecilhos para essa
queda é o grande volume de vencimentos de eurobônus neste
mês. Para os investidores, uma
queda expressiva só seria possível
caso a equipe anunciada por Lula
fosse "do agrado de todos".
Nem mesmo a divulgação de relatório do Banco Central que
aponta que as instituições financeiras elevaram a expectativa de
inflação para este ano e para 2003
foi suficiente para desanimar o
mercado. Segundo analistas, o
conteúdo do relatório já era conhecido e quase não impactou as
negociações.
A Bovespa acompanhou o otimismo geral e fechou com alta de
1,56%, aos 10.673 pontos. O volume financeiro foi de R$ 569 milhões. Segundo analistas, a Bolsa
tem recebido recursos de novos
investidores.
As maiores altas do dia foram
Braskem PNA (6,1%), Embratel
Participações PN (5%) e Eletropaulo PN (4,7).
A ação preferencial da Copel liderou as quedas do Ibovespa,
com desvalorização de 3,5%. Em
seguida vieram Comgás PNA
(3%) e Aracruz PNB (2,6%).
De acordo com a primeira prévia do novo Ibovespa, que entrará
em vigor em janeiro, sairá do índice a ação Inepar PN e entrará no
lugar a Vale do Rio Doce ON.
O Ibovespa concentra os 55 papéis mais negociados na Bolsa nos
últimos 12 meses. Quanto maior o
volume de negociação que a empresa teve, maior sua participação
na formação do índice. Segundo a
prévia, a Telemar PN continuará
tendo o maior peso na composição, correspondendo a 13,2%,
contra 13,8% atualmente.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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