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MERCADO FINANCEIRO
Empresas aproveitam custo menor para levantar recursos no exterior; Bolsa cai 0,30% e dólar vai a R$ 2,93
Risco-país mais baixo favorece captações
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas brasileiras estão
aproveitando o risco-país em
queda para lançar novas operações de captação de recursos no
mercado internacional.
A Petrobras iniciou uma operação para captar US$ 500 milhões
no exterior por meio da emissão
de eurobônus de 15 anos, segundo informações de operadores do
mercado. À frente da operação estariam os bancos Credit Suisse
First Boston (CSFB) e Lehman
Brothers. A assessoria da empresa
estatal não confirmou nem negou
que a operação esteja em andamento.
Outra estatal que se prepara para captar recursos no exterior é a
Eletrobrás.
Na última segunda-feira, foi a
vez de a Telemar iniciar uma operação para captar US$ 300 milhões no exterior. O Standard
Bank London informou no mesmo dia a abertura de uma emissão de US$ 50 milhões para o banco Votorantim.
O risco-país em níveis menores
barateia e facilita a captação de recursos por empresas e pelo governo no mercado internacional.
Ontem, no entanto, o indicador
subiu um pouco e fechou aos 506
pontos.
O dólar apenas não cedeu ontem devido a compras de dólares
feitas pelo Banco do Brasil para o
Tesouro Nacional, afirmaram
operadores de mesas de câmbio.
Se não fossem as recentes captações de recursos, o dólar poderia
ter um mês de maior pressão, pois
há forte volume de vencimentos
privados e públicos no exterior
nas próximas semanas.
A moeda norte-americana subiu ontem 0,24% diante do real,
para fechar a R$ 2,933.
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve um leve movimento de realização de lucros, após a expressiva
valorização, superior a 80%, acumulada neste ano.
O Ibovespa -índice que acompanha a variação das 54 ações de
maior liquidez- fechou com baixa de 0,30%, aos 20.458 pontos.
Os juros futuros recuaram mais
um pouco. Apesar de ainda não
embutirem a expectativa de um
corte de 1,5 ponto percentual na
taxa básica (Selic, hoje em 17,5%)
na reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária) que acontece
daqui a duas semanas, os contratos caminham para isso.
O contrato DI (juro interbancário) que projeta as apostas para o
próximo Copom, com prazo em
janeiro, fechou ontem a 16,85%.
(FABRICIO VIEIRA)
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