DA REDAÇÃO

O mercado de trabalho dos EUA parece estar se recuperando rapidamente do impacto negativo dos furacões Katrina e Rita, mostrou ontem relatório do Departamento de Trabalho. Foram criados 215 mil empregos em novembro, e a taxa de desemprego ficou em 5%, pouco acima dos 4,9% alcançados em agosto, que havia sido o menor nível em quatro anos.
Os dados ficaram próximos das expectativas do mercado, mas resultados fortes de criação de emprego sempre preocupam alguns investidores devido ao risco de pressão inflacionária. Os últimos dados publicados indicam, no entanto, crescimento do consumo e da produção industrial sem aumentos significativos nos preços.
Os resultados positivos vêm animando as Bolsas dos EUA, já que havia a preocupação de que, com a alta no preço dos combustíveis, os norte-americanos teriam menos renda disponível para consumir. Por enquanto, os dados indicam consumo forte e o otimismo no mercado americano tem se refletido também nas Bolsas dos países emergentes.
O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, disse ontem que, "apesar das interrupções dos furacões, a atividade econômica parece estar se expandindo a um ritmo razoavelmente bom."
Greenspan voltou a falar ontem, porém, dos riscos associados aos déficits fiscal e em conta corrente dos EUA. Ele afirmou que, por enquanto, o país não tem problema em se financiar por causa da flexibilidade da economia.
No entanto, Greenspan disse que essa flexibilidade pode ser ameaçada pelo aumento do protecionismo. Além disso, ele disse que, se os EUA e outros países não reduzirem seus déficits fiscais, pode haver um "ajuste doloroso" para a economia mundial.


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