PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Após acusações de superfaturamento e três rodadas de renegociação com fornecedores, a Petrobras fechou ontem cinco contratos no valor de R$ 8,9 bilhões para a compra de equipamentos para a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com um orçamento R$ 6,7 bilhões menor em relação aos preços apresentados inicialmente pelas empresas.
Mas o início da operação foi adiado para abril de 2012 e a refinaria consumirá investimentos estimados em R$ 23 bilhões -quando foi lançado o projeto, em 2005, a previsão original era gastar US$ 4 bilhões na refinaria (cerca de R$ 7 bilhões pelo câmbio atual).
Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a queda dos preços do barril e o desaquecimento do setor resultaram numa redução de custos de equipamentos e permitiram fechar os contratos com preço mais baixo.
Em maio deste ano, relatório do TCU apontou indícios de superfaturamento de R$ 94 milhões em contratos da refinaria -um dos estopins para a instalação da CPI da Petrobras. A estatal contesta os critérios usados pelo tribunal para medir os custos do empreendimento.
Os maiores contratos firmados ontem são com consórcios formados por empresas dos grupos Odebrecht e OAS (R$ 4,7 bilhões) e Camargo Corrêa e Cnec Engenharia (R$ 3,4 bilhões).


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