São Paulo, quinta-feira, 03 de dezembro de 2009

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Google vai limitar acesso gratuito a notícias

Criticada, empresa afirma que vai restringir leitura de conteúdo pago

Rupert Murdoch, dono do "Wall Street Journal", já acusou o Google de "roubar" conteúdo e é um dos principais críticos da empresa

DA REDAÇÃO

O Google anunciou ontem que vai limitar o acesso gratuito a notícias que exigem a assinatura do conteúdo, em um momento em que grandes grupos de mídia reclamam do sistema de indexação de notícias que pertence à empresa de tecnologia norte-americana.
Pelas novas regras do indexador Google News (que reúne links de reportagens de diversas fontes), cada usuário poderá ver, no máximo, cinco artigos diários de algum site que exige assinatura, casos, por exemplo, do "Wall Street Journal" e do "Financial Times".
Com isso, a empresa pretende impedir uma distorção. Reportagens que só eram disponíveis para assinantes do "Wall Street Journal", o principal crítico do modelo de busca e um dos mais prejudicados pela distorção, podiam ser lidas gratuitamente na busca do Google News. Com isso, muitos usuários liam os artigos que lhes interessavam só pelo sistema de indexação de notícia, sem precisar assinar o jornal ou o site.
"Nós acreditamos que essa abordagem ainda protege o usuário comum da ocultação [sistema que permite que o Google rastreie sites com conteúdo pago, mas não dá o mesmo acesso ao usuário], ao mesmo tempo em que permite que os editores deem sua atenção para assinantes em potencial, que estão acessando grande parte do seu conteúdo de modo frequente", disse Josh Cohen, gerente do Google.
Em outra medida que também visa melhorar as relações com a indústria da notícia, o Google também disse que passou a facilitar o bloqueio total ou parcial de conteúdo do seu indexador de notícias, que agora será praticamente automático, não dependendo mais de preenchimento de formulário.
A empresa de tecnologia vem sofrendo forte pressão por parte de jornais que reclamam que ela vem ganhando dinheiro com publicidade com um conteúdo em que ela não gasta um centavo. Um dos críticos mais aguçados é o empresário australiano Rupert Murdoch, dono, entre outros jornais, do "Wall Street Journal" e que já disse que o Google "rouba" conteúdo. Ele, aliás, estaria negociando com a Microsoft para retirar o conteúdo de suas empresas do Google e repassá-lo para o Bing, o buscador da companhia fundada por Bill Gates.


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