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BC norte-americano leva Bolsa de SP a cair 2%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro respondeu negativamente à ata da
última reunião do Fed (o banco
central dos Estados Unidos),
divulgada na tarde de ontem.
A Bolsa de Valores de São
Paulo, na última hora de pregão, aprofundou a queda que já
sofria. As Bolsas norte-americanas, que operavam em terreno positivo, passaram a recuar.
A Bovespa terminou o pregão
de ontem com desvalorização
de 2,07%, próxima da mínima
do dia (-2,42%). O índice Ibovespa registrou 44.445 pontos.
A ata (leia texto ao lado) mostrou que os dirigentes do Fed
estão ainda preocupados com o
rumo da inflação americana no
curto prazo. Além disso, mostraram-se alertas ao nível de
aquecimento econômico.
O índice Dow Jones, principal da Bolsa de Nova York, chegou a bater seu recorde ontem,
antes da divulgação da ata. Na
máxima do dia, marcou valorização de quase 1%. Mas, como o
documento do Fed não foi recebido com a tranqüilidade esperada pelos investidores, acabou
por virar seu rumo e passou a
cair. Terminou o dia com alta
moderada de 0,09%. No pior
momento, recuou 0,47%.
A Bolsa eletrônica Nasdaq
chegou a subir 1,61%. Mas terminou suas operações com pequena alta de 0,33%, depois de
chegar a operar em baixa.
Nas primeiras horas de negociação, o mercado acionário
americano subia embalado por
dados acima do esperado apresentados pelo setor manufatureiro do país.
Também favorecia o dia a
queda nos preços do petróleo (o
barril caiu 4,16% em Nova York
e fechou a US$ 58,32).
O mercado esperava que o
documento do Fed se mostrasse mais otimista, sinalizando
que os juros poderiam recuar
em breve nos EUA.
Como a Bovespa iniciou
2007 com novo recorde -ao fechar o pregão de terça-feira a
45.382 pontos, com alta de
2,04%-, os investidores aproveitaram a falta de clima favorável para embolsar lucros,
desfazendo-se de ações que subiram nos últimos pregões.
As ações da Vale do Rio Doce
foram as que mais sofreram
com as vendas. A ação ordinária
caiu 4,89% (a maior baixa do
índice Ibovespa), e a preferencial "A" perdeu 4,15%.
Outra ação de forte peso que
sofreu ontem foi a ON da Petrobras, que recuou 3,85%. A ação
PN da petrolífera, a mais negociada do pregão, caiu 3,46%.
Enquanto o mercado internacional era mais favorável ontem, o risco-país brasileiro bateu em inéditos 188 pontos. Porém o indicador acabou por
chegar ao fim das operações
marcando 193 pontos.
O dólar interrompeu a rota
de queda, mas se manteve em
baixos patamares. Ontem, a
moeda norte-americana terminou vendida a R$ 2,14, em alta
de 0,38% diante do real.
Estrangeiros
Ontem, a Bovespa divulgou
que teve um saldo positivo de
R$ 1,75 bilhão em aplicações de
estrangeiros no ano passado. A
cifra, entretanto, foi a menor
desde o déficit de R$ 1,44 bilhão
registrado em 2002.
A participação média dos estrangeiros nas ofertas públicas
de ações ficou em 67% no ano
passado, de acordo com dados
da Bolsa.
Colaborou a Reuters
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