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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
PAC traz riscos fiscais e na
gestão de obras, avalia a CNI
Avaliação do Conselho Temático de Infra-Estrutura da
CNI (Confederação Nacional
da Indústria) sobre as intenções de obras contidas no PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento) mostra uma forte preocupação dos empresários com dois aspectos do programa: risco de descontrole fiscal e desaparelhamento do Estado para gerir as obras.
No primeiro caso, o Coinfra
acredita que o PAC não traz
uma análise suficientemente
profunda para detalhar quais
obras de infra-estrutura vão gerar retorno positivo ao país.
Quando o Brasil negociou
com o FMI (Fundo Monetário
Internacional) descontar até
0,5% do PIB (Produto Interno
Bruto) da meta de superávit
primário para obras de infra-estrutura, a contrapartida era
que as obras efetivamente
trouxessem retornos palpáveis
do ponto de vista da aceleração
do crescimento.
"Se por um lado não há análise de retorno para uma série
desses investimentos, o que é
seguro é que existirá uma diminuição do superávit primário",
afirma José de Freitas Mascarenhas, presidente do Coinfra.
O segundo problema, segundo a análise da CNI, é que o Estado não parece estar aparelhado para gerir todos os programas a que se propõe.
Um empresário ligado ao setor afirma que o Ministério dos
Transportes, por exemplo, não
tem condições de gerir a parte
que lhe cabe no PAC.
Ele afirma que o órgão precisa de uma "reformulação completa", já que, em muitos casos,
não consegue nem utilizar todos os recursos que tem à sua
disposição.
O Coinfra reclama ainda o fato de o setor ferroviário ter ficado praticamente de fora do
PAC. Existem hoje cerca de
200 mil pessoas faveladas às
margens de algumas ferrovias.
Os trens têm de passar em velocidade muito reduzida e são
freqüentemente vítimas de furtos em pleno movimento.
CAPITAIS
Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa,
faz palestra amanhã, na Bolsa de Valores de Lima, no
Peru, sobre popularização
do mercado de capitais. Magliano é um dos convidados
do seminário "Democratização e Reforma do Mercado
de Capitais", que discutirá
iniciativas para ampliar o
acesso aos investidores. Magliano também terá um encontro com o presidente do
Peru, Alan García.
NO COPO 1
A Coca-Cola Zero será o
refrigerante oficial do Carnaval de rua de Salvador. A
Norsa, produtora e distribuidora da marca na Bahia,
tinha 59,5% da participação
de mercado em Salvador em
dezembro, segundo o Instituto AC Nielsen.
NO COPO 2
A Antarctica será a patrocinadora oficial do Carnaval
de Pernambuco e investirá
15% a mais que em 2006. A
marca vai instalar o Bar da
Boa, com Juliana Paes no
comando, em Olinda.
VOLTA ÀS AULAS
A Cosan irá lançar um
programa de MBA em parceria com a Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz). O curso se
chamará "Academia de Líderes Cosan: MBA Gestão e
Tecnologia no Setor Sucroalcooleiro".
OURO PURO
Schin, Garnier, Vivo e
Shopping Iguatemi são os
patrocinadores já confirmados do Carnaval da Caco de
Telha, empresa de Ivete
Sangalo, em Salvador. O projeto, avaliado em mais de R$
5 milhões, conta com dois
blocos e camarotes e tem à
frente Jesus Sangalo, irmão
e empresário de cantora. A
estrutura será montada para
atender 10 mil pessoas.
EDUCAÇÃO
O Bradesco e a Fundação
Bradesco vão capacitar, nesta semana, os 65 professores
escolhidos de escolas públicas de oito cidades do Vale
do Ribeira (São Paulo) que
farão parte do Projeto
Educa+Ação. Lançado em
dezembro, o objetivo do projeto é permitir que mil
crianças da primeira série
do ensino fundamental da
rede municipal aprendam a
ler e escrever até o final da
série seguinte. O investimento é de R$ 1,5 milhão.
CONEXÃO SUÍÇA
Doris Leuthard, conselheira federal do Departamento de Economia da Suíça, fará a palestra "Suíça,
uma economia em movimento", na próxima terça-feira, em São Paulo. O evento será promovido pela Câmara de Comércio Suíço-Brasileira e pelo Swiss Business Hub. A visita a São Paulo prevê também um encontro entre Leuthard e Paulo
Skaf (Fiesp).
LINHA DO TEMPO
"Do Brasil, vai nascer um novo tempo", diz o designer gráfico Hans Donner, que em seu portfólio tem, entre outras, a
marca da Rede Globo. Donner, que também é empresário,
refere-se ao Timedimension, relógio criado por ele e, agora,
adotado pela versão brasileira do Windows Vista. "O design
foi originalmente criado em comemoração dos dez anos do
Centro Georges Pompidou, em Paris", diz. Durante 20 anos,
o designer tentou viabilizar a produção do relógio em uma
das "mais lindas histórias de persistência", segundo ele mesmo. "Foram produzidas 850 unidades, vendidas a US$ 3.000", afirma. Hoje, o Timedimension vem no canto da tela
do novo sistema Windows, além da versão de proteção de tela. No Brasil desde 1974, Donner está à frente da HDesign, que faz seus trabalhos gráficos, e dá palestras. "Meu trabalho é espalhar colírio nos olhos da humanidade. É tão inacreditável que parece um sonho", diz.
Importadora vende caviar francês em SP
A Le Caviar, especializada
em caviar, acaba de negociar
a importação do sturia, caviar de cativeiro da fazenda
Sturgeon Scea, na região de
Aquitânia, na França.
O produto é retirado de
esturjões criados em cativeiro há 30 anos. Vem do esturjão siberiano Acipenser baeri, que produz um caviar do
tipo oscetra, com ovas que
variam do preto ao marrom
dourado.
Inaugurada há apenas
dois meses, a empresa foi
idéia de Matilde Ghelfond e
Daniel Lecuona, para suprir
a demanda brasileira por ingredientes de alta gastronomia.
"Nós percebemos que as
pessoas que consomem esses produtos no Brasil não
tinham muitas opções", afirma Ghelfond.
A empresa também criou
um serviço de entrega próxima à hora do consumo, para
evitar que o produto se perca por refrigeração inadequada.
CHAVE DA MODA
Depois de Alexandre
Herchcovitch ter criado estampas para os isqueiros da
Bic, é a vez de a estilista Fábia Bercsek mostrar seu trabalho nas chaves da fabricante Gold. A linha, batizada de Chaves Magia Gold, foi
apresentada durante a São
Paulo Fashion Week como
acessório de moda.
NO CADERNINHO
As vendas de cadernos
brasileiros ao mercado externo atingiram US$ 82,47
milhões em 2006, crescimento de 154% em comparação ao ano anterior. Os dados são da Abigraf.
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