São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

PAC traz riscos fiscais e na gestão de obras, avalia a CNI

Avaliação do Conselho Temático de Infra-Estrutura da CNI (Confederação Nacional da Indústria) sobre as intenções de obras contidas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) mostra uma forte preocupação dos empresários com dois aspectos do programa: risco de descontrole fiscal e desaparelhamento do Estado para gerir as obras.
No primeiro caso, o Coinfra acredita que o PAC não traz uma análise suficientemente profunda para detalhar quais obras de infra-estrutura vão gerar retorno positivo ao país.
Quando o Brasil negociou com o FMI (Fundo Monetário Internacional) descontar até 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) da meta de superávit primário para obras de infra-estrutura, a contrapartida era que as obras efetivamente trouxessem retornos palpáveis do ponto de vista da aceleração do crescimento.
"Se por um lado não há análise de retorno para uma série desses investimentos, o que é seguro é que existirá uma diminuição do superávit primário", afirma José de Freitas Mascarenhas, presidente do Coinfra.
O segundo problema, segundo a análise da CNI, é que o Estado não parece estar aparelhado para gerir todos os programas a que se propõe.
Um empresário ligado ao setor afirma que o Ministério dos Transportes, por exemplo, não tem condições de gerir a parte que lhe cabe no PAC.
Ele afirma que o órgão precisa de uma "reformulação completa", já que, em muitos casos, não consegue nem utilizar todos os recursos que tem à sua disposição.
O Coinfra reclama ainda o fato de o setor ferroviário ter ficado praticamente de fora do PAC. Existem hoje cerca de 200 mil pessoas faveladas às margens de algumas ferrovias. Os trens têm de passar em velocidade muito reduzida e são freqüentemente vítimas de furtos em pleno movimento.

CAPITAIS
Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa, faz palestra amanhã, na Bolsa de Valores de Lima, no Peru, sobre popularização do mercado de capitais. Magliano é um dos convidados do seminário "Democratização e Reforma do Mercado de Capitais", que discutirá iniciativas para ampliar o acesso aos investidores. Magliano também terá um encontro com o presidente do Peru, Alan García.

NO COPO 1
A Coca-Cola Zero será o refrigerante oficial do Carnaval de rua de Salvador. A Norsa, produtora e distribuidora da marca na Bahia, tinha 59,5% da participação de mercado em Salvador em dezembro, segundo o Instituto AC Nielsen.

NO COPO 2
A Antarctica será a patrocinadora oficial do Carnaval de Pernambuco e investirá 15% a mais que em 2006. A marca vai instalar o Bar da Boa, com Juliana Paes no comando, em Olinda.

VOLTA ÀS AULAS
A Cosan irá lançar um programa de MBA em parceria com a Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). O curso se chamará "Academia de Líderes Cosan: MBA Gestão e Tecnologia no Setor Sucroalcooleiro".

OURO PURO
Schin, Garnier, Vivo e Shopping Iguatemi são os patrocinadores já confirmados do Carnaval da Caco de Telha, empresa de Ivete Sangalo, em Salvador. O projeto, avaliado em mais de R$ 5 milhões, conta com dois blocos e camarotes e tem à frente Jesus Sangalo, irmão e empresário de cantora. A estrutura será montada para atender 10 mil pessoas.

EDUCAÇÃO
O Bradesco e a Fundação Bradesco vão capacitar, nesta semana, os 65 professores escolhidos de escolas públicas de oito cidades do Vale do Ribeira (São Paulo) que farão parte do Projeto Educa+Ação. Lançado em dezembro, o objetivo do projeto é permitir que mil crianças da primeira série do ensino fundamental da rede municipal aprendam a ler e escrever até o final da série seguinte. O investimento é de R$ 1,5 milhão.

CONEXÃO SUÍÇA
Doris Leuthard, conselheira federal do Departamento de Economia da Suíça, fará a palestra "Suíça, uma economia em movimento", na próxima terça-feira, em São Paulo. O evento será promovido pela Câmara de Comércio Suíço-Brasileira e pelo Swiss Business Hub. A visita a São Paulo prevê também um encontro entre Leuthard e Paulo Skaf (Fiesp).

LINHA DO TEMPO

"Do Brasil, vai nascer um novo tempo", diz o designer gráfico Hans Donner, que em seu portfólio tem, entre outras, a marca da Rede Globo. Donner, que também é empresário, refere-se ao Timedimension, relógio criado por ele e, agora, adotado pela versão brasileira do Windows Vista. "O design foi originalmente criado em comemoração dos dez anos do Centro Georges Pompidou, em Paris", diz. Durante 20 anos, o designer tentou viabilizar a produção do relógio em uma das "mais lindas histórias de persistência", segundo ele mesmo. "Foram produzidas 850 unidades, vendidas a US$ 3.000", afirma. Hoje, o Timedimension vem no canto da tela do novo sistema Windows, além da versão de proteção de tela. No Brasil desde 1974, Donner está à frente da HDesign, que faz seus trabalhos gráficos, e dá palestras. "Meu trabalho é espalhar colírio nos olhos da humanidade. É tão inacreditável que parece um sonho", diz.

Importadora vende caviar francês em SP

A Le Caviar, especializada em caviar, acaba de negociar a importação do sturia, caviar de cativeiro da fazenda Sturgeon Scea, na região de Aquitânia, na França.
O produto é retirado de esturjões criados em cativeiro há 30 anos. Vem do esturjão siberiano Acipenser baeri, que produz um caviar do tipo oscetra, com ovas que variam do preto ao marrom dourado.
Inaugurada há apenas dois meses, a empresa foi idéia de Matilde Ghelfond e Daniel Lecuona, para suprir a demanda brasileira por ingredientes de alta gastronomia.
"Nós percebemos que as pessoas que consomem esses produtos no Brasil não tinham muitas opções", afirma Ghelfond.
A empresa também criou um serviço de entrega próxima à hora do consumo, para evitar que o produto se perca por refrigeração inadequada.

CHAVE DA MODA
Depois de Alexandre Herchcovitch ter criado estampas para os isqueiros da Bic, é a vez de a estilista Fábia Bercsek mostrar seu trabalho nas chaves da fabricante Gold. A linha, batizada de Chaves Magia Gold, foi apresentada durante a São Paulo Fashion Week como acessório de moda.

NO CADERNINHO
As vendas de cadernos brasileiros ao mercado externo atingiram US$ 82,47 milhões em 2006, crescimento de 154% em comparação ao ano anterior. Os dados são da Abigraf.


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