São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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PREÇOS

Educação pesa, e inflação sobe para 0,46% em janeiro em SP

DEISE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE

Os gastos com educação pressionaram a inflação na cidade de São Paulo em janeiro, e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) fechou o mês em 0,46%, ante 0,16% em dezembro, segundo pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). No período que antecede a volta às aulas, a categoria registrou alta de preços de 5,95%, o maior índice desde janeiro de 2004 (9,28%).
"A variação de 0,46% para o IPC é típica para janeiro, puxada por Educação, que respondeu quase pela metade da alta do índice geral [contribuição de 47,18%]. A outra parte foi por Alimentação e, especialmente, produtos "in natura", que foram afetados por chuvas mais severas", explicou o coordenador da pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Antonio Evaldo Comune.
Os preços no ensino superior responderam pela maior contribuição de alta do IPC no mês passado, com variação de 5,99%, seguido por ensino fundamental (8,17%). Comune afirma, no entanto, que a expectativa era de inflação ainda mais expressiva.
"Houve liquidação no ensino superior no final de janeiro. Esperávamos uma alta na casa dos 10%", disse o pesquisador.
Na categoria Alimentação, os preços subiram 0,68%, contra deflação de 0,54% no fim de dezembro. Em Habitação, avançaram 0,21%, em Saúde, 0,42%, e, em Despesas Pessoais, 0,59%. Transportes e Vestuário tiveram queda de preços, respectivamente de 0,30% e 0,56%.
Os preços dos carros usados e novos lideraram entre as contribuições de queda, com deflação de 2,50% e 4,06%, respectivamente. Segundo Comune, o movimento reflete a crise de crédito e o excesso de oferta de carros.
Para este mês, a Fipe já prevê uma trégua dos itens de Educação, com estabilidade de preços, e aceleração de Alimentação, que deve fechar em 1%, ante 0,68% em janeiro.
Os itens alimentos "in natura" (inflação de 3,39% no mês passado) e carne bovina (de 0,39% em janeiro) ainda são dúvidas, segundo Comune, mas podem pressionar o IPC em fevereiro.


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