São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2004

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VEÍCULOS

Variação do preço no primeiro bimestre foi de 5,4%, ante 5,3% no ano passado; tabelas de março têm novo reajuste

Carro zero já subiu mais do que em 2003

FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

Os preços dos carros novos já acumulam uma alta de 5,4% no primeiro bimestre de 2004. O aumento é maior do que os 5,3% repassados em todo o ano de 2003, segundo levantamento da Agência AutoInforme.
Ou seja, em dois meses de 2004 os preços subiram mais do que no ano passado inteiro. Só em fevereiro, o aumento foi de 1,3%.
Os reajustes devem continuar em trajetória de crescimento. Isso porque no início deste mês as montadoras repassaram um aumento médio de 3,5% para as tabelas, referente ao fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e outros custos de produção.
Na Fiat, os aumentos ficaram entre 3,2% e 3,7%. A Volks repassou aumento linear de 3,5% para todos os veículos. A General Motors fez reajuste médio de 3,4%. A Ford foi a única que não informou índices superiores a 3%.
Segundo a AutoInforme, é pouco provável que o mercado absorva esse novo reajuste, pelo menos no curto prazo. Isso porque, de acordo com a agência, "a experiência mostra que o aumento oficial demora meses para chegar ao consumidor. Inclusive porque as vendas no primeiro bimestre foram fracas e as concessionárias terão que voltar a fazer promoções para vender".
No ano passado, as montadoras reajustaram os preços até agosto, quando entrou em vigor o acordo do IPI menor, que reduziu em três pontos a alíquota do imposto. O acordo, que deveria inicialmente ser extinto em novembro, foi prorrogado até fevereiro.
Na primeira fase do acordo -de agosto a novembro-, as montadoras se comprometeram a segurar os aumentos de preços.
Para prorrogar o acordo, o setor prometeu congelar os preços até 31 de dezembro passado. Com isso, as montadoras ficaram livres para aplicar aumentos a partir de janeiro deste ano.


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