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Toyota negocia ajuda com governo japonês
Vendas da empresa nos EUA caem 37% em fevereiro, ante queda de 53% da GM, no pior mês para o setor em 27 anos
Maior montadora mundial
quer empréstimo para a sua
divisão de financiamento
de carros nos EUA, repetindo
exemplos de GM e Chrysler
DA REDAÇÃO
Maior montadora mundial, a
Toyota está seguindo os passos
de GM e Chrysler e negociando
ajuda governamental, ainda
que em um patamar inferior ao
desejado pelas rivais americanas. A companhia confirmou
que discute empréstimo com o
governo japonês, sem revelar
valores, mas que, segundo o
"Financial Times", deve ficar
em torno de 200 bilhões de ienes (US$ 2 bilhões).
A empresa, por meio de sua
divisão de financiamento de
carros nos Estados Unidos, pode ser a primeira beneficiária
de um programa do governo japonês lançado ontem que promete US$ 5 bilhões das reservas em moeda estrangeira em
empréstimos com juros baixos
para as companhias locais que
estão sendo afetadas pela crise.
A Toyota prevê que terá no
atual ano fiscal (que se encerra
no dia 31) o primeiro prejuízo
em seis décadas, resultado, em
grande parte, devido à queda
nas vendas nos Estados Unidos, de 31% no quarto trimestre
de 2008. E o cenário neste início de ano não está muito diferente: depois de recuarem
34,4% em janeiro, caíram
37,3% no mês passado.
O resultado, porém, foi menos ruim que os da GM (queda
de 52,9%), da Ford (-48,4%) e
da Chrysler (-44%), no pior
mês para as montadoras nos
EUA desde dezembro de 1981,
com o agravante de que, naquela época, o número de motoristas era inferior ao atual.
A crise no setor automotivo
nos EUA teve seu início ainda
em 2007 -inicialmente com os
altos preços dos combustíveis,
reflexo da alta recorde no petróleo, e depois com a crise no
crédito e o desemprego, que
afugentaram os consumidores- e já fez com que GM e
Chrysler recorressem à ajuda
do governo americano. Ainda
sob George W. Bush, as montadoras receberam US$ 17,4 bilhões e querem da administração de Barack Obama mais US$
21,6 bilhões.
Mas os problemas não estão
concentrados apenas nos EUA.
A GM quer ajuda de governos
europeus como Alemanha, Espanha e Reino Unido, ameaçando fechar fábricas e colocando em perigo 300 mil empregos (entre diretos e indiretos). Na França, o governo Sarkozy já saiu em socorro das
montadoras locais, gerando
críticas de protecionismo.
No Japão, as empresas, além
da crise global, estão sendo afetadas pela valorização do iene,
que diminui a competitividade
dos produtos do país no exterior. Com isso, várias gigantes,
como Panasonic, Pioneer e Nissan, anunciaram demissões de
milhares de trabalhadores.
Com agências internacionais
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