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Venda de supermercados
cresce 6,5% em janeiro
Pão de Açúcar tem alta de 33,4% no lucro em 2008
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
O ritmo de crescimento de
vendas nos supermercados se
desacelerou em relação à média de 2008 (8,98%), mas ainda
mostrou um bom resultado em
janeiro, quando cresceu 6,54%
ante igual período do ano anterior, já descontada a inflação.
Para o presidente da Abras
(associação do setor), Sussumu
Honda, esse resultado se deve
principalmente aos efeitos da
crise no segmento de não-alimentos e à queda nas vendas de
produtos importados.
Com o foco das empresas no
mercado interno, Honda avalia
que o consumidor será beneficiado com preços mais competitivos. Para evitar "o encalhe
do produto", varejo e indústria
avaliam com muito mais cuidado o aumento do valor dos produtos atualmente. Devido à alta
no preço, houve queda no volume vendido em 2008, em relação ao ano anterior, em produtos como arroz (5,9%) e farinha
de trigo (6,6%). Na média entre
os itens, houve estabilidade.
"O crescimento das vendas
em janeiro demonstra que o
consumidor pode estar refreando o consumo de outras
categorias do varejo, mas continua "liberal" nos supermercados", avalia o consultor Eugênio Foganholo, da Mixxer.
Também ontem o Grupo Pão
de Açúcar divulgou o balanço
de 2008. O primeiro ano de
reestruturação rendeu à segunda maior rede de supermercados do país, que inclui a bandeira de mesmo nome, além de
Extra, CompreBem, Sendas e
Assai, lucro líquido de R$ 281,4
milhões, com alta de 33,4% sobre o ano anterior. O resultado
pro-forma, sem considerar os
gastos com a reestruturação no
primeiro trimestre, mostra um
crescimento de 41,6%.
Nos últimos três meses do
ano, o lucro (R$ 102,3 milhões)
teve queda de 9,2% devido a um
crédito de Imposto de Renda
que alavancou o dado no mesmo trimestre em 2007. Considerando o resultado antes do
pagamento do tributo, houve
alta de 19,1%. "Estamos na contramão da crise. Tivemos a sorte de nos prepararmos muito
mais cedo", afirmou o vice-presidente administrativo financeiro, Enéas Pestana. Por causa
das incertezas sobre os efeitos
da turbulência, o presidente do
grupo, Claudio Galeazzi, diz
que "é altamente improvável"
investir o R$ 1,2 bilhão já anunciados para 2009.
Mesmo que haja redução, as
prioridades são a expansão da
rede de "atacarejo" Assai, que
teve lucro líquido de R$ 21,8
milhões em 2008, e os gastos
com infraestrutura e compra
de terrenos. Nesse último, a
orientação à equipe é olhar um
imóvel como um ativo a ser explorado, mas ainda não foi decidido se será criada uma empresa só para cuidar desse negócio.
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