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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Exportador não quer "só" ajuda cambial
Os exportadores não estão
otimistas com o pacote de
apoio ao setor que o governo federal deve anunciar nos próximos dias. As propostas que estão em estudo pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento não devem atender às
necessidades do setor, segundo
a Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior).
"Só uma ajuda ao exportador
é pouco. As medidas que virão
do governo devem ser na área
cambial e em alguma linha de
financiamento especial, mas a
necessidade é de uma política
industrial", afirma Roberto Segatto, presidente da Abracex.
Segatto lembra que, no passado, o país tinha uma política
industrial comandada pelo
Conselho de Desenvolvimento
Industrial, que mantinha o Befiex -programa de incentivo
fiscal às exportações-, que foi
responsável pelo crescimento
da indústria brasileira, mas extinto na década de 90.
A Abracex encaminhou ao
governo na segunda-feira o resultado de duas pesquisas realizadas com cerca de 300 empresários do setor.
"O levantamento deixa claro
que há necessidade do reaparelhamento do parque fabril brasileiro", diz Segatto.
Os principais requisitos
apontados pela pesquisa foram:
redução da carga tributária sobre a produção e financiamentos especiais para a remodelação do parque industrial.
As altas taxas, como Imposto
de Importação, IPI, ICMS, e
problemas para a obtenção do
atestado de similaridade na
Abimaq (associação dos fabricantes) foram apontados como
os principais entraves para a
importação de equipamentos.
SPA NO SHOPPING
O Shopping Cidade Jardim inaugura na última semana
de março um spa de 2.400 metros quadrados, considerado pelo consultor e médico endocrinologista Filippo Pedrinola como o maior do gênero, localizado em empreendimento residencial, comercial e de escritórios. A JHFS investiu cerca de R$ 10 milhões no spa que fica no
ponto de ligação entre o shopping e a ala residencial.
Com a mesma linguagem arquitetônica do restante do
empreendimento, o novo spa terá todos os serviços convencionais, com mimos especiais. Casais poderão receber massagens juntos em camas duplas.
A ênfase será em tratamentos com água -"spa" vem
de "salut per acqua"- e em técnicas de controle de estresse. "O foco do spa não está em comer pouco, mas em
bem-estar e alteração de hábitos", diz o médico.
"O mais difícil é sensibilizar as pessoas das escolhas
que fazem em seu estilo de vida." Para frequentar o spa,
é preciso desembolsar uma taxa de adesão para não condôminos, de R$ 35 mil, e de R$ 350 ao mês para quem
mora nos prédios do Cidade Jardim.
O QUE ESTOU LENDO
HISTÓRIA FINANCEIRA
José Carlos Grubisich, presidente da ETH Bioenergia, dedica-se a ler "The Ascent of Money", de Niall Ferguson
OS TRÊS MOSQUETEIROS
Chamou a atenção o encontro de anteontem após
o evento com diretores do
Banco do Brasil, em São
Paulo. O presidente do
Banco Central, Henrique
Meirelles, chegou no final
e logo se reuniu com o
presidente Lula e o ministro Guido Mantega. A ministra Dilma Rousseff
conversou rapidamente
com eles, mas não ficou na
reunião.
Mais empresas investem em tecnologia
Apesar da crise econômica, as empresas se mostram
mais dispostas a investir em
ciência e tecnologia.
Segundo estimativas de especialistas e entidades de
classe, no ano passado, cerca
de 700 companhias se habilitaram no governo para usufruir dos benefícios fiscais da
chamada "Lei do Bem", que
prevê que todos os gastos
com inovação tecnológica
sejam deduzidos da base de
cálculo do IR e da CSLL.
Os números oficiais relativos a 2009 só serão divulgados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia no final deste ano; entretanto, se confirmada, a projeção significaria
elevação de 58% sobre 2008.
Para que a lei funcione ao
máximo como incentivo,
além de disseminada, ela
precisa ser melhor explicada.
"É essencial que haja amplo
entendimento sobre as regras vigentes. Ainda há alguns pontos que geram interpretação dúbia. Por
exemplo, quando há um instituto de pesquisa terceirizado, não se sabe exatamente
de quem é o direito de descontar da tributação os desembolsos", diz Susy Hoffmann, diretora da Fiesp.
Inadimplência recua em todos os bairros de São Paulo
A inadimplência caiu em todos os bairros da cidade de São
Paulo no mês passado.
Segundo levantamento da
ACSP (Associação Comercial
de São Paulo), a maior queda foi
na região da Vila Maria (zona
norte), onde o número de pessoas incluídas no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) foi 11,3% menor que em
fevereiro do ano passado.
A região de Pinheiros (zona
oeste) é a que tem a maior dívida per capita, de R$ 3.668,62.
Na média dos bairros, a retração da inadimplência em fevereiro foi de 7,5% na cidade.
"A tendência é de queda. O
resultado do mês passado foi
positivo. Menos gente entrando no SCPC, com volume maior
de crédito", diz Marcel Solimeo, economista-chefe da
ACSP. Neste mês e em abril,
porém, a inadimplência deve
ter um repique na comparação
com os meses anteriores, devido aos reflexos das compras de
Natal, diz o economista.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e DENYSE GODOY
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