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Cortes na área de pessoal têm como meta economizar R$ 1,45 bi
da Sucursal de Brasília
O ministro de Orçamento e Gestão, Paulo Paiva, anunciou ontem
corte de R$ 1,45 bilhão nos gastos
com funcionalismo público civil. A
medida facilita o cumprimento da
meta de superávit primário acordada com o FMI. Os servidores
não terão reajuste em 99.
O governo editou ao todo duas
MPs (medidas provisórias) e uma
resolução, com validade para este
ano, que vão atingir ao todo 513
mil funcionários civis do Poder
Executivo. Os militares e servidores do Legislativo, do Judiciário e
de estatais não serão atingidos.
A primeira medida suspende
promoções e acaba com adicionais
por tempo de serviço dos funcionários (5% a cada cinco anos) de
autarquias, administração direta e
fundações. A economia é estimada
em R$ 700 milhões até dezembro.
A outra medida suspende concursos públicos, inclusive os em
andamento e os já realizados, mas
não homologados. A norma preserva a validade dos concursos feitos. As provas da AGU (Advocacia
Geral da União) e da Procuradoria
Geral da Fazenda não serão afetadas. Ao todo, 7.500 vagas deixarão
de ser preenchidas.
A mesma MP suspende as nomeações para cargos de carreira. A
economia é de R$ 250 milhões.
A terceira medida, uma resolução, suspende todos os reajustes
do funcionalismo. O governo estima economizar R$ 500 milhões.
De acordo com o ministro Paulo
Paiva, a despesa com pessoal prevista no Orçamento deste ano caiu
de R$ 52 bilhões para R$ 50,5 bilhões. Segundo ele, o número ainda é superior aos R$ 47,9 bilhões
gastos no ano passado.
Paiva afirmou que há um crescimento "vegetativo" da folha de
pessoal por causa dos adicionais e
das promoções.
Segundo o ministro, as medidas
afetam a sociedade e a administração pública, mas são necessárias
para evitar cortes na área social.
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