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BC japonês zera juros interbancários
das agências internacionais
A taxa de juros interbancários do
Japão caiu para zero ontem, depois
que o Banco do Japão (o BC do
país) inseriu 400 bilhões de ienes
(o equivalente a US$ 3,3 bilhões)
no sistema bancário. Anteontem, a
taxa era de 0,07%.
Na realidade, a taxa caiu para
0,02%, mas, na prática, os juros cobrados são iguais a zero. Isso porque o 0,02% equivale às comissões
dos corretores sobre operações financeiras.
O corte nas taxas interbancárias
estava sendo recomendado por vários analistas estrangeiros como
saída para conter a deflação no
país.
Com a entrada de dinheiro na
economia, há a possibilidade de
conter a deflação e impulsionar o
lucro de empresas locais.
"O banco central aparentemente
embarcou na política da expansão
quantitativa (superávit monetário), ao invés de influenciar no nível das taxas básicas de juros", disse Hiroyuki Miki, do departamento do tesouro do Sumitomo Bank.
O secretário-adjunto do Tesouro
norte-americano, Lawrence Summers, já havia sugerido esta semana que o Japão deveria tomar algumas medidas para estimular a economia do país, o que incluiria a expansão de seu superávit monetário.
"Considerando os riscos que o
país enfrenta, o prometido pacote
de estímulo fiscal do Japão precisa
ser implementado e sustentado
nos próximos anos", afirmou
Summers.
Para ele, o pacote impulsionaria
a economia, mas haveria também
uma necessidade de uma política
monetária para estabilizá-la.
A medida do Banco do Japão teve
impacto direto na cotação do iene,
que se desvalorizou ante o dólar.
A moeda norte-americana fechou ontem a 121,77 ienes em Nova York, acima dos 120,33 ienes de
terça-feira. Houve também valorização dos títulos japoneses.
Coréia do Sul
O governo da Coréia do Sul alterou ontem sua previsão de crescimento para 1999 em virtude da forte recuperação da economia e da
desvalorização do iene.
Inicialmente, o Ministério da
Economia e das Finanças do país
projetava crescimento de 0% no
primeiro semestre e de 4% no segundo.
As novas metas indicam crescimento de 1,5% na primeira metade
do ano e de 2,5% na segunda.
De acordo com autoridades do
ministério, o ritmo que mostra a
aceleração da economia do país
nos últimos meses permite prever
incremento no início de 98. No entanto, no segundo semestre, a previsão é que a meta não será atingida em razão da fragilidade da moeda japonesa.
Nesse cenário, o crescimento
anual não deverá ser diferente dos
2% inicialmente previstos.
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