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Alta do dólar pode levar à falta de produtos eletroeletrônicos
da Reportagem Local
A dificuldade para negociar preços entre a indústria e o comércio
por conta da alta do dólar começa
a ser cada vez mais percebida pelos
consumidores.
Já faltam produtos eletroeletrônicos nas lojas, além de ter havido
significativa redução na variedade
de modelos e marcas. Microsystems, fornos de microondas, toca-fitas e CDs são os produtos mais
escassos, segundo algumas redes
de lojas. A falta de opções de marcas e modelos é generalizada.
"É provável que comece a faltar
mercadorias, pois os estoques no
varejo e na indústria estão muito
baixos", diz Paulo Saab, presidente
da Eletros (reúne os fabricantes de
eletroeletrônicos).
A Lojas Cem informa que nos
seus pontos-de-venda praticamente não existem aparelhos de
som. "A indústria só vende se pagarmos 40% a mais pelos produtos, mas não estamos aceitando,
pois o consumo já caiu muito", diz
Natale Dalla Vecchia, diretor.
Segundo ele, as vendas caíram
50% em fevereiro na comparação
com igual período de 98. A Cem
vendia tradicionalmente cerca de
9.500 TVs por mês. No mês passado, comercializou 5.200 aparelhos.
Uma grande rede, que prefere
não ser identificada, diz que está
tendo falta de aparelhos de som
porque a importação ficou mais
cara e a indústria praticamente desativou a produção.
Até que a produção local seja retomada ou a indústria e o comércio consigam se acertar em torno
dos preços dos importados é inevitável a falta de mercadorias nas
prateleiras, diz a mesma rede.
Benjamim Funari Neto, presidente da Abinee (reúne a indústria
elétrica e eletrônica), diz que a falta
de mercadorias nas lojas é inevitável neste momento. "Desde dezembro, as empresas estão dando
férias coletivas. E mais: ninguém
sabe qual é o dólar que deve ser negociado."
(FÁTIMA FERNANDES)
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