São Paulo, Quinta-feira, 04 de Março de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa sobe 0,92% com aprovação de Fraga

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo e os títulos da dívida externa brasileira tiveram recuperação ontem, com os investidores animados com a aprovação no Senado do nome de Armínio Fraga para a presidência do Banco Central.
Embora já esperada pelo mercado, a aprovação de Fraga fez crescer as expectativas de que o Banco Central vai atuar de forma mais agressiva no mercado de câmbio para conter a valorização do dólar em relação ao real.
O índice Bovespa, das ações mais negociadas em São Paulo, subiu 0,92% em reais e em dólares, visto que a cotação de fechamento da moeda norte-americana não se alterou em relação a anteontem.
O volume negociado continuou baixo -R$ 331,9 milhões, ou US$ 153,7 milhões-, o que indica que a cautela é a tendência predominante, mas cresceu contra os R$ 309,53 milhões, ou US$ 143,3 milhões, de anteontem.
Os títulos da dívida externa brasileira, negociados em Nova York e Londres, também se recuperaram durante a tarde. Os investidores internacionais que aplicam nesses papéis ficaram especialmente impressionados com a aprovação do nome de Fraga, ex-assessor do conhecido gestor de fundos de investimento George Soros, para a presidência do BC brasileiro.
O C-bond, o título mais negociado, teve suas cotações elevadas de 54% do valor de face anteontem para 55% ontem.
Também o anúncio de cortes de gastos de US$ 1,5 bilhão do governo federal com os funcionários públicos trouxe um certo otimismo ao mercado brasileiro.
Em Nova York, a Bolsa teve queda de 0,23%. As ações começaram a despencar depois que o presidente do Fed, o banco central dos Estados Unidos, Alan Greenspan, aconselhou os investidores, principalmente os aposentados, a não aplicarem seus recursos em ações da Internet.
Os temores de uma alta nos juros básicos norte-americanos na próxima reunião do Fed voltaram a tomar conta do mercado.
A trajetória de alta nos juros dos títulos do Tesouro dos EUA de prazo de vencimento em 30 anos, interrompida anteontem, voltou a se verificar ontem. As taxas de juros pagas ao ano por esses papéis passaram para 5,698% ontem, contra 5,68% na terça-feira.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)




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