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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe 0,92% com aprovação de Fraga
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
e os títulos da dívida externa brasileira tiveram recuperação ontem,
com os investidores animados
com a aprovação no Senado do
nome de Armínio Fraga para a
presidência do Banco Central.
Embora já esperada pelo mercado, a aprovação de Fraga fez crescer as expectativas de que o Banco
Central vai atuar de forma mais
agressiva no mercado de câmbio
para conter a valorização do dólar
em relação ao real.
O índice Bovespa, das ações
mais negociadas em São Paulo,
subiu 0,92% em reais e em dólares,
visto que a cotação de fechamento
da moeda norte-americana não se
alterou em relação a anteontem.
O volume negociado continuou
baixo -R$ 331,9 milhões, ou US$
153,7 milhões-, o que indica que
a cautela é a tendência predominante, mas cresceu contra os R$
309,53 milhões, ou US$ 143,3 milhões, de anteontem.
Os títulos da dívida externa brasileira, negociados em Nova York
e Londres, também se recuperaram durante a tarde. Os investidores internacionais que aplicam
nesses papéis ficaram especialmente impressionados com a
aprovação do nome de Fraga,
ex-assessor do conhecido gestor
de fundos de investimento George
Soros, para a presidência do BC
brasileiro.
O C-bond, o título mais negociado, teve suas cotações elevadas de
54% do valor de face anteontem
para 55% ontem.
Também o anúncio de cortes de
gastos de US$ 1,5 bilhão do governo federal com os funcionários
públicos trouxe um certo otimismo ao mercado brasileiro.
Em Nova York, a Bolsa teve queda de 0,23%. As ações começaram
a despencar depois que o presidente do Fed, o banco central dos
Estados Unidos, Alan Greenspan,
aconselhou os investidores, principalmente os aposentados, a não
aplicarem seus recursos em ações
da Internet.
Os temores de uma alta nos juros
básicos norte-americanos na próxima reunião do Fed voltaram a
tomar conta do mercado.
A trajetória de alta nos juros dos
títulos do Tesouro dos EUA de
prazo de vencimento em 30 anos,
interrompida anteontem, voltou a
se verificar ontem. As taxas de juros pagas ao ano por esses papéis
passaram para 5,698% ontem,
contra 5,68% na terça-feira.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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