São Paulo, sexta, 4 de abril de 1997.

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PREÇOS
Alta dos alimentos surpreende técnicos da Fipe, que previam taxa máxima de 0,10%
Inflação em SP sobe 0,21% em março

MAURO ZAFALON
da Redação

Os preços em março subiram mais do que o esperado na cidade de São Paulo e surpreenderam até os técnicos da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Ontem, o órgão divulgou que a taxa foi de 0,21%, quando a expectativa otimista era que se repetisse o 0,01% de fevereiro. A pessimista era chegar, no máximo, a 0,10%.
A surpresa ficou por conta dos produtos ``in natura'', disse Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe.
A alta desses produtos foi de 7,97%, anormal para este período do ano, pois é quase quatro vezes maior do que os 2,03% registrados em fevereiro.
O aumento dos produtos ``in natura'' elevou o reajuste médio do setor de alimentação para 1,59% em março, acima do 0,76% do mês anterior.
Nos demais setores, a Fipe não encontrou grandes mudanças no comportamento dos preços.
Os custos com habitação subiram 0,53%. O aumento nos preços dos serviços públicos (impostos e tarifas) foi compensado pela redução na taxa de reajuste dos aluguéis residenciais.
O setor de vestuário foi o que mais segurou a taxa de inflação no mês passado em São Paulo. Em média, os preços recuaram 4,34% em março, liderados pela queda de 7% nos preços das roupas para crianças e mulheres.
Para este mês, a taxa de inflação deve voltar a subir em São Paulo, segundo a previsão da Fipe, ficando próxima de 0,50%.
A inflação até março é de 1,45%. Nesse ritmo, os preços teriam reajuste de 5,2% em 97. Nos últimos 12 meses a inflação é de 8,96%.

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