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Para S&P, novos números do PIB refletem melhor o atual vigor econômico brasileiro
DENYSE GODOY
DE NOVA YORK
Para a agência de classificação de risco Standard & Poor's,
os novos números sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro -anunciados após o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) alterar a sua metodologia de pesquisa- refletem com
muito mais fidelidade a situação econômica do país.
"Observando, por exemplo, o
recente aumento do crédito, a
queda da taxa de desemprego, a
elevação da renda dos trabalhadores, a mim parecia muito estranho um avanço abaixo de 3%
ao ano", disse Lisa Schineller,
analista da consultoria.
Pela nova série, divulgada no
mês passado, a economia do
país teve elevação de 3,7% em
2006, contra 2,9% na antiga.
Entretanto, o Brasil ainda estaria muito longe de avançar a
um passo condizente com a estabilidade que alcançou. E isso
se deve, na opinião de Lisa, a
um certo "trauma" que tanto
investidores quanto consumidores têm dos períodos de turbulência do passado.
"Houve melhoras macro e
microeconômicas, porém leva
alguns anos para que as pessoas
se sintam mais seguras", explicou, acrescentando que não é
possível estimar quanto tempo
seria necessário para a superação desses temores, mas que tal
fenômeno é comum em outras
economias com história semelhante, como o México.
O governo teria papel fundamental no processo de reconquista da confiança de brasileiros e estrangeiros, para que eles
apostem mais no país.
"A inflação está baixa, a política fiscal melhorou. Mas ainda
é necessário diminuir a dívida
pública, a carga tributária, simplificar os impostos, flexibilizar
a legislação trabalhista", diz.
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