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Venda de veículos cresce 18,5% no 1º trimestre
Comercialização é recorde para o período no país
TATIANA RESENDE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A estabilidade econômica, a
inflação baixa, a taxa de juros
descrescente e a ampliação do
prazo de financiamento garantiram ao setor automotivo o
melhor trimestre da história.
Os 468.652 automóveis e veículos comerciais leves vendidos
de janeiro a março representam alta de 18,5% sobre o mesmo período do ano passado.
Segundo os dados da Fenabrave (Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores), o melhor primeiro
trimestre, até este ano, tinha sido registrado em 1997, com
434.058 unidades emplacadas.
Considerando apenas o mês
passado, houve incremento de
24,09% em relação a março de
2006, totalizando 183.742 unidades -com destaque para o
emplacamento dos modelos
Gol (VW) e Palio (Fiat).
Com o desempenho, o presidente da federação, Sérgio Reze, reviu a meta de crescimento
para 2007 -de 8% para 10,2%,
com a estimativa de 2,1 milhões
de unidades vendidas neste
ano, que o faria ser, como o trimestre, o melhor da história.
"O mercado brasileiro tem
potencial para superar os 3 milhões em vendas por ano", disse
Reze, prevendo que esse número poderá ser alcançado em cinco anos se as condições favoráveis se mantiverem.
A recuperação do setor agropecuário impulsionou a venda
de caminhões (12,19%) e de
máquinas agrícolas (29,43%)
no trimestre. As vendas de motos também tiveram expansão
(22,55%) no mesmo comparativo. "Esse segmento é mais direcionado ao público de baixo
poder aquisitivo e vem crescendo mais do que os outros", informou Reze.
Considerando ainda as vendas de ônibus, foram comercializados ao todo 882.998 unidades no trimestre, também batendo o recorde histórico, com
alta de 19,71% sobre o mesmo
período de 2006 .
Para o vice-presidente da
Anefac (Associação dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de
Oliveira, a confiança do consumidor de que vai estar empregado durante o período de financiamento do veículo foi um
dos fatores que alavancaram as
vendas neste ano. "Além disso,
o prazo [de pagamento do empréstimo] vem aumentando e
chegou a 72 meses, diminuindo
o valor da prestação", disse.
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