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INVESTIGAÇÃO
Para Justiça e promotoria, furto na Petrobras foi crime comum
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
A conclusão da PF (Polícia
Federal) de que não passou
de crime comum o furto, em
janeiro, de equipamentos de
informática da Petrobras foi
aceita pela Justiça e pelo Ministério Público do Estado
do Rio. A juíza da 25ª Vara
Criminal do Tribunal de Justiça, Ana Luíza Coimbra Nogueira, recebeu sem contestação a denúncia apresentada pela promotoria contra os
quatro vigilantes acusados.
A versão do governo de que
teria ocorrido espionagem
industrial chegou a ser anunciada pelo próprio presidente Lula e pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e
Tarso Genro (Justiça).
A suspeita era que concorrentes da Petrobras, e até governos estrangeiros interessados em informações secretas sobre o megacampo Júpiter, de gás, teriam contratado
o roubo de materiais com esses dados.
A investigação da Delegacia da PF em Macaé (cidade a
188 km do Rio) e do serviço
de inteligência da corporação sempre indicou tratar-se
de crime comum. Os ladrões
tinham o objetivo de levar
peças com algum valor de
venda, segundo apuraram os
investigadores.
Quatro seguranças da empresa Bric Log -Alexandro
de Araújo Maia, Éber Rodrigues da Costa, Michel Melo
da Costa e Cristiano da Silva
Tavares- foram denunciados pela suposta prática de
furto (artigo 155 do Código
Penal -dois a oito anos de
prisão) e formação de quadrilha ou bando (artigo 288).
Eles estão presos desde 28
de fevereiro na carceragem
da Polinter (unidade da Polícia Civil) no Grajaú (zona
norte do Rio). Os advogados
não conseguiram até agora
revogar as prisões.
Defensor de Éber da Costa,
o advogado Almir Peres afirmou que o cliente assumirá
na Justiça, como fez à PF,
que participou do furto dos
equipamentos. A Folha não
conseguiu ouvir os advogados dos demais acusados.
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