São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2008

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INVESTIGAÇÃO

Para Justiça e promotoria, furto na Petrobras foi crime comum

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A conclusão da PF (Polícia Federal) de que não passou de crime comum o furto, em janeiro, de equipamentos de informática da Petrobras foi aceita pela Justiça e pelo Ministério Público do Estado do Rio. A juíza da 25ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, Ana Luíza Coimbra Nogueira, recebeu sem contestação a denúncia apresentada pela promotoria contra os quatro vigilantes acusados.
A versão do governo de que teria ocorrido espionagem industrial chegou a ser anunciada pelo próprio presidente Lula e pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça).
A suspeita era que concorrentes da Petrobras, e até governos estrangeiros interessados em informações secretas sobre o megacampo Júpiter, de gás, teriam contratado o roubo de materiais com esses dados.
A investigação da Delegacia da PF em Macaé (cidade a 188 km do Rio) e do serviço de inteligência da corporação sempre indicou tratar-se de crime comum. Os ladrões tinham o objetivo de levar peças com algum valor de venda, segundo apuraram os investigadores.
Quatro seguranças da empresa Bric Log -Alexandro de Araújo Maia, Éber Rodrigues da Costa, Michel Melo da Costa e Cristiano da Silva Tavares- foram denunciados pela suposta prática de furto (artigo 155 do Código Penal -dois a oito anos de prisão) e formação de quadrilha ou bando (artigo 288).
Eles estão presos desde 28 de fevereiro na carceragem da Polinter (unidade da Polícia Civil) no Grajaú (zona norte do Rio). Os advogados não conseguiram até agora revogar as prisões.
Defensor de Éber da Costa, o advogado Almir Peres afirmou que o cliente assumirá na Justiça, como fez à PF, que participou do furto dos equipamentos. A Folha não conseguiu ouvir os advogados dos demais acusados.


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