DA REDAÇÃO

O barril do petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York subiu ontem à sua maior cotação em mais de 13 anos, pressionado pelos baixos estoques e pela instabilidade no Oriente Médio.
O produto encerrou o dia cotado a US$ 38,21 no mercado norte-americano, com uma alta de 2,22% em relação ao preço de fechamento da sexta-feira. A Bolsa Internacional do Petróleo, em Londres, permaneceu fechada, por causa do feriado no país.
O preço do barril do petróleo não ficava tão elevado no mercado norte-americano desde outubro de 1990.
Naquela época, as cotações tinham ido às alturas por causa da invasão do Kuait pelo então ditador iraquiano Saddam Hussein, o que acabou detonando a Guerra do Golfo.
A alta de ontem foi atribuída a um ataque ocorrido no sábado, na Arábia Saudita. Quatro homens abriram fogo contra funcionários da empresa ABB Lummus Global, que negocia petróleo. Morreram no atentado dois norte-americanos, dois britânicos, um australiano e um saudita.
"Foi o segundo fim de semana consecutivo em que instalações de empresas de petróleo foram atacadas no Oriente Médio", disse Tom Kloza, diretor da consultoria Oil Price Information Service.
De acordo com os analistas, existe uma série de fatores que explica o aumento nos preços do produto nos últimos meses. Em resumo, o fornecimento segue restrito, as reservas estão em níveis baixos e a demanda cresceu nos últimos meses, como conseqüência do aumento na atividade da economia mundial.
Mesmo após mais de um ano da tomada de Bagdá pela tropas anglo-americanas, a produção iraquiana permanece baixa. Além disso, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) nega-se a elevar o fornecimento.

Gasolina mais cara
A cotação da gasolina tem batido recordes nos Estados Unidos, tanto na bomba como no atacado. Especula-se que, neste verão norte-americano, o preço nos postos chegará a US$ 2 por galão (cada galão tem 3,7854 litros).
No mercado futuro, o preço do galão encerrou o dia a US$ 1,263. Trata-se da maior cotação desde que esse mercado surgiu, em 84.