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ANP, prefeitura e Fazenda de SP fecham cerco a postos irregulares
Cinco são lacrados em dois dias; em abril, Fazenda cassou a inscrição de 16
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
A ANP (Agência Nacional do
Petróleo), a Prefeitura de São
Paulo e a Secretaria da Fazenda
do Estado de São Paulo estão
intensificando o cerco aos postos de combustíveis que operam de forma irregular.
Nos últimos dois dias, a ANP
e a Prefeitura de São Paulo fecharam cinco postos na capital
paulista. Outros 30 postos deverão ser fechados até o final
deste mês em vários bairros de
São Paulo por venderem combustíveis fora das especificações determinadas pela ANP.
A ANP e a Prefeitura de São
Paulo firmaram convênio que
permite a transferência de atribuições da fiscalização da ANP
para agentes da prefeitura paulistana. "Nossa intenção é firmar convênios com outros órgãos para que as ações de fiscalização sejam mais efetivas no
combate ao comércio irregular
de combustíveis", afirma Sheyla Oliveira, coordenadora-geral
de fiscalização da ANP.
Os 35 postos que deverão ser
fechados durante deste mês em
São Paulo, segundo Oliveira, já
tinham sido lacrados pela ANP
por venda de combustíveis fora
das especificações, como proporção de álcool superior à permitida ou uso de solventes na
gasolina. "Esses postos romperam os lacres. Os agentes da
prefeitura estão voltando a esses estabelecimentos para
construir barreiras de cimento
para impedir, mais uma vez,
que eles voltem a funcionar."
A ANP também deve firmar
convênio com a Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo para que os fiscais possam
atuar considerando também a
legislação federal. "Hoje, os fiscais estaduais operam com base na legislação do Estado, mas
poderão fiscalizar também com
base na legislação adotada pela
ANP. Um posto, por exemplo,
também poderá ser interditado
se não tiver autorização da
ANP para funcionar e se não tiver fidelidade à bandeira", diz.
Com a operação "De olho na
bomba", a Fazenda paulista já
cassou a inscrição estadual de
16 postos de combustíveis em
abril deste ano. Desde que foi
implantada a operação, em
abril de 2005, foram fechados
338 postos no Estado.
No primeiro trimestre deste
ano foram fiscalizados 569 estabelecimentos. Desses, 38
postos tiveram a inscrição estadual cassada. O fechamento
desses postos ocorreu devido
ao uso de solventes na gasolina
e à presença do álcool anidro na
gasolina em proporção superior à permitida, que é de 23%.
A BR publicou ontem anúncio nos jornais com nomes e
endereços de postos que imitam a sua marca.
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