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Ata do Copom e inflação são os destaques na semana
Nos Estados Unidos, índice de desemprego sai na sexta
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana carregada de eventos econômicos tende a trazer
mais oscilação ao ainda instável
mercado financeiro.
A agenda brasileira terá como destaques a ata da reunião
do Copom (Comitê de Política
Monetária) e a divulgação do
IPCA de abril.
Nos EUA, uma série de indicadores estão na pauta da semana, sendo o grande destaque
a apresentação da taxa de desemprego no país em abril, que
ocorrerá na sexta-feira. O mercado espera que o desemprego
tenha subido de 8,5% para 8,9%
no mês passado. A taxa de março já era a maior desde 1983.
Hoje e amanhã os Estados
Unidos apresentarão outros
dados, como os de vendas de
imóveis pendentes, gastos com
construção e o índice de atividade do setor de serviços (medido pelo instituto ISM).
"A semana engloba a divulgação de vários indicadores além
dos tradicionais, com destaque
para os dados de emprego e crédito ao consumidor nos EUA.
Isso impõe ao mercado a ansiedade de ver a continuidade de
indicadores em recuperação,
como também um reflexo não
tão perverso nos resultados das
empresas como se esperava no
final de 2008", afirma Ricardo
Tadeu Martins, da corretora
Planner.
A quinta-feira terá uma série
de indicadores a serem conhecidos. Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) e o BC britânico vão decidir como ficam
suas taxas de juros. A novidade
deve vir do BCE que, espera-se,
reduza sua taxa básica de 1,25%
para 1% ao ano.
Nesse dia vão ser apresentados nos EUA dados de produtividade e do custo da mão-de-obra no país, além dos novos
pedidos de seguro-desemprego
e o nível de crédito destinado
ao consumidor.
No Brasil, o destaque fica por
conta da apresentação da ata da
última reunião do Copom. O
documento vai trazer explicações sobre os motivos que levaram os diretores e o presidente
do BC a decidirem por uma redução de 1 ponto percentual na
taxa Selic, de 11,25% para
10,25% anuais.
A magnitude da redução da
taxa de juros ficou dentro das
projeções do mercado financeiro. Assim, o que mais interessa
ao mercado são os sinais do futuro da política monetária que
a ata deve trazer.
Por enquanto, a expectativa
do mercado é a de que a taxa básica alcance os 9,25% até o fim
de 2009. Mas ainda há muitas
dúvidas entre os analistas sobre o quanto os juros poderão
ser reduzidos sem representarem um risco de pressão inflacionária para o país.
"Com a economia ainda debilitada e necessitando de estímulos adicionais para reagir, o
BC poderá ainda promover
ajustes adicionais para baixo na
taxa básica de juros. Trabalhamos com um novo corte de 1
ponto em junho e uma última
redução de 0,25 ponto em julho, o que deixaria a Selic em
9% ao ano, patamar na qual seria mantida até o final do ano",
avalia a equipe econômica do
banco Schahin.
"De todo modo, a leitura da
ata poderá fornecer indícios
dos passos seguintes da política
monetária que, entretanto, estarão muito condicionados à
evolução dos indicadores econômicos até a reunião de junho", completa a análise.
Na sexta-feira, será a vez de
ser conhecido o IPCA de abril.
O mercado projeta que o indicador de preços aponte elevação de 0,48% no mês -após ter
subido 0,20% em março.
O IPCA é o índice de inflação
mais aguardado pelo mercado
financeiro. Isso porquê o IPCA
é utilizado pelo governo para
monitorar a meta de inflação. E
para a taxa básica de juros continuar em queda, a meta não
pode ser ameaçada.
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