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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Indústria têxtil brasileira define países-alvo para exportação
A indústria têxtil brasileira
fez uma lista de 13 países que
serão alvo de exportação nos
próximos dois anos. China,
Austrália e Grécia são os potenciais novos mercados do setor.
Para incentivar as vendas de
produtos têxteis para esses e
outros dez países (Colômbia,
México, Argentina, Angola,
Portugal, Espanha, França,
Reino Unido, Itália e Emirados
Árabes), a Abit (Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e
de Confecção) assina hoje convênio de dois anos com a Apex-Brasil, ligada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior.
Para a China, as indústrias
brasileiras exportarão produtos de maior valor agregado, para público de alto poder aquisitivo. Para a Austrália, a venda se
concentra em roupas infantis e,
para a Grécia, em artigos de cama, mesa e banho e linha praia.
"Estamos nos preparando
para elevar a participação do
Brasil, que é menor do que 1%,
no comércio têxtil mundial",
diz Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit. O
convênio envolve o valor de R$
44 milhões, divididos entre empresários e governo para bancar participação de profissionais em feiras e eventos.
As 518 empresas que fazem
parte do programa Texbrasil
(de exportação de moda brasileira) deverão exportar cerca
de US$ 460 milhões neste ano
-5% mais do que em 2009.
A indústria também se prepara para vender mais no Brasil. O consumo anual no país de
fibras, usadas na produção de
roupas, artigos de decoração e
outros, por habitante é de 11
quilos. "Por muitos anos o consumo ficou entre 9 quilos e 10
quilos. Se o setor crescer 6%, o
consumo de fibras vai superar
11 quilos ao ano por habitante."
Os empresários se animam
com pesquisa da A.T. Kearney,
que, pela segunda vez, coloca o
Brasil como país mais promissor para investimentos do varejo mundial de vestuário. A pesquisa considera tamanho de
mercado, perspectiva de crescimento e gasto por habitante.
ÍTALO-BRASILEIRO
A Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior)
acaba de fechar acordo com a associação italiana Brazil
Planet com o objetivo de incrementar o comércio bilateral
entre os dois países. "Já existem alguns negócios bem
adiantados, prestes a serem fechados, nas áreas de cosméticos, autopeças e curtumes", diz Roberto Segatto, presidente da Abracex. Os negócios entre Brasil e Itália têm sido modestos, com a maior parte das exportações de produtos primários, segundo Segatto. A Brazil Planet foi criada
por empresários em 2009, em Milão. "O acordo consolidará o comércio entre o Brasil e a Itália. Vamos focar as exportações brasileiras de manufaturados, de bens de maior
valor agregado", diz Giacomo Guarnera, representante da
Brazil Planet no Brasil. Do ponto de vista da Itália, a meta
principal é ampliar o mercado por meio de joint ventures
com empresas brasileiras, segundo Guarnera.
CARIOCA NO CINEMA
O Grupo Severiano
Ribeiro/Kinoplex inicia neste mês seu plano de expansão de R$
75 milhões, que inclui
52 novas salas de cinema, em oito complexos, até o primeiro
semestre de 2011. Do
total investido, R$ 40
milhões serão destinados ao Rio, que, segundo Luiz Gonzaga
de Luca, diretor-superintendente da empresa, é o Estado que hoje
concentra as melhores
oportunidades de investimento no setor.
"É mais barato ter cinema no Rio por causa da legislação estadual, que isentou os
equipamentos do
ICMS." O primeiro
empreendimento desse projeto, no Shopping Vila Olímpia, em
SP, terá sete salas, que
juntas somam investimento de R$ 9 milhões. Os demais serão
em Brasília, Campo
Grande, Maceió, Manaus, Rio e Nova Iguaçu. Todos terão ao
menos uma sala com
exibição 3D. A empresa tem hoje 213 salas
no país. Para de Luca,
o acesso ao cinema no
Brasil ainda é baixo
pois enfrenta gargalos,
como direitos autorais
e meia entrada, que
atrasam os investimentos. "O México
tem 4.500 cinemas,
contra 2.100 no Brasil.
O país sofre dificuldades no mercado, que
impactam a lucratividade e se refletem no
número de salas. A
maior questão é excesso de normas, além
do direito autoral, que
é dos mais caros do
mundo."
PIB da construção
deve crescer 8%,
diz consultoria
Após amargar retração de
6,3% no ano passado, o PIB
da construção deve apresentar forte expansão neste ano.
De acordo com estudo elaborado pela RC Consultores,
o setor irá registrar crescimento de 8% neste ano e de
5% no ano que vem.
"A manutenção dos juros
reais em patamar relativamente baixo e a expansão
contínua do crédito e da
massa real de rendimentos
irão impulsionar o crescimento", afirma Fábio Silveira, sócio da RC.
De 2004 a 2009, o PIB da
construção apresentou crescimento médio anual de 3%.
O aumento da confiança,
aliado à ampliação da oferta
de crédito, levou ao aquecimento da demanda por imóveis residenciais, de acordo
com a RC.
A consultoria estima que o
financiamento imobiliário
pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) deve dobrar em 2011.
No ano passado, o volume foi
de R$ 34 bilhões e no ano
que vem deve chegar a
R$ 66,4 bilhões.
O bom dinamismo do
mercado de imóveis comerciais, sobretudo fora do eixo
São Paulo-Rio, e o avanço de
obras de infraestrutura também aquecem o setor, de
acordo com Silveira.
FOGÃO E GELADEIRA
A Whirlpool Latin America contratou 2.100 novos colaboradores para suas unidades fabris em Rio Claro
(SP), Manaus (AM) e Joinville (SC) para atender a demanda do setor de linha
branca, nos quatro primeiros meses deste ano.
VIZINHANÇA
A Proexport Colômbia,
organização responsável por
promoção comercial no
país, promove hoje seminário sobre investimento no
setor de autopeças na Colômbia, para incentivar empresas brasileiras a se instalarem e produzirem no país.
RENDA
O Banco do Brasil liderou
três dos rankings da Anbima
em março. Nos rankings de
originação e de distribuição
de renda fixa no mercado
doméstico, o banco ficou
com R$ 3,4 bilhões e R$ 1,8
bilhão, respectivamente. No
de emissões de títulos de dívidas no mercado internacional, o BB liderou com
operações de US$ 2,9 bilhões.
DE MUDANÇA
Malu Barretto, que passou
os últimos quatro anos na
L'Oréal, onde comandou a
divisão de luxo e cuidou de 16
marcas como Ralph Lauren,
Lancôme e Yves Saint Laurent, deixa a empresa. A executiva vai tocar novos projetos na Prole Gestão de Imagem em trabalhos como a Semana de Arte do Rio de Janeiro, com curadoria de Vik
Muniz.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FÁTIMA FERNANDES
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