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RIQUEZA AMERICANA
Boa notícia não ajuda Bolsas do país a evitar fortes perdas
Indústria dos EUA cresce pelo 4º mês
DA REDAÇÃO
A indústria norte-americana,
setor da economia mais afetado
durante a recessão do ano passado, deu novas mostras que vem
recuperando sua atividade. Em
maio, o setor registrou o quarto
mês seguido de expansão.
Mas as boas notícias econômicas não se refletiram nos mercados de ações dos EUA. As Bolsas
fecharam em forte baixa, com o
humor dos investidores sendo
novamente abalado pela crise de
desconfiança em relação à contabilidade das grandes corporações
do país.
O índice dos gerentes de compra do Instituto de Gerenciamento de Fornecimento (ISM, na sigla
em inglês) subiu para 55,7 pontos,
o maior nível desde fevereiro de
2000. Em abril, o indicador, um
dos principais termômetros da
produção industrial no país, havia
ficado em 53,9 pontos.
Pela metodologia utilizada pelo
ISM, leituras do índice acima de
50 pontos indicam expansão da
atividade no setor, e abaixo, contração. Depois de um longo declínio no ano passado, a manufatura
voltou a se expandir em fevereiro,
e, desde então, o indicador permanece acima de 50 pontos.
Já um relatório do Departamento de Comércio dos EUA, também divulgado ontem, mostrou
que a construção civil segue como
um dos setores mais ativos da
economia norte-americana. Em
abril houve uma expansão de
0,2% em comparação com o mês
anterior.
Os novos indicadores sugerem
que a recuperação norte-americana, ainda que tímida, veio para ficar. Mas alguns economistas ainda acham que pode haver uma ligeira queda na atividade econômica do país, antes de a recuperação se estabilizar.
Quem puxou as perdas nas Bolsas ontem foi a Tyco International, cujo presidente, Dennis Kozlowski, pediu demissão de forma
abrupta e inesperada pelo mercado. O executivo, fundador do
conglomerado industrial, será investigado sob acusação de evasão
fiscal. As ações da empresa despencaram 27% no dia.
O índice Dow Jones caiu 2,17%,
a maior queda em quatro meses,
recuando para 9.710 pontos. A
Nasdaq, Bolsa de empresas de tecnologia, perdeu 3,29%, caindo para 1.563 pontos, o menor nível desde outubro de 2001.
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