São Paulo, terça-feira, 04 de junho de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Boa notícia não ajuda Bolsas do país a evitar fortes perdas

Indústria dos EUA cresce pelo 4º mês

DA REDAÇÃO

A indústria norte-americana, setor da economia mais afetado durante a recessão do ano passado, deu novas mostras que vem recuperando sua atividade. Em maio, o setor registrou o quarto mês seguido de expansão.
Mas as boas notícias econômicas não se refletiram nos mercados de ações dos EUA. As Bolsas fecharam em forte baixa, com o humor dos investidores sendo novamente abalado pela crise de desconfiança em relação à contabilidade das grandes corporações do país.
O índice dos gerentes de compra do Instituto de Gerenciamento de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) subiu para 55,7 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2000. Em abril, o indicador, um dos principais termômetros da produção industrial no país, havia ficado em 53,9 pontos.
Pela metodologia utilizada pelo ISM, leituras do índice acima de 50 pontos indicam expansão da atividade no setor, e abaixo, contração. Depois de um longo declínio no ano passado, a manufatura voltou a se expandir em fevereiro, e, desde então, o indicador permanece acima de 50 pontos.
Já um relatório do Departamento de Comércio dos EUA, também divulgado ontem, mostrou que a construção civil segue como um dos setores mais ativos da economia norte-americana. Em abril houve uma expansão de 0,2% em comparação com o mês anterior.
Os novos indicadores sugerem que a recuperação norte-americana, ainda que tímida, veio para ficar. Mas alguns economistas ainda acham que pode haver uma ligeira queda na atividade econômica do país, antes de a recuperação se estabilizar.
Quem puxou as perdas nas Bolsas ontem foi a Tyco International, cujo presidente, Dennis Kozlowski, pediu demissão de forma abrupta e inesperada pelo mercado. O executivo, fundador do conglomerado industrial, será investigado sob acusação de evasão fiscal. As ações da empresa despencaram 27% no dia.
O índice Dow Jones caiu 2,17%, a maior queda em quatro meses, recuando para 9.710 pontos. A Nasdaq, Bolsa de empresas de tecnologia, perdeu 3,29%, caindo para 1.563 pontos, o menor nível desde outubro de 2001.



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