DA REPORTAGEM LOCAL

Para criadores brasileiros que desejam melhorar a qualidade de seus animais com material genético de garanhões europeus e norte-americanos, a técnica mais apropriada é a utilização de sêmen congelado.
A razão é simples: a durabilidade desse material é, segundo veterinários, praticamente ilimitada, o que viabiliza o transporte do material em longas distâncias.
Essa técnica também oferece ao equinocultor a possibilidade de perpetuar genes de reprodutores com alto valor para posterior comercialização ou aplicação.
O inconveniente desse procedimento são taxas de fertilização mais baixas. Porém o laboratório de veterinária da Unesp de Botucatu desenvolveu um processo de congelamento menos prejudicial para espermatozóides.
Quando se trata da comercialização de material genético dentro do território brasileiro, a inseminação artificial por meio de sêmen fresco ou resfriado é a mais recomendada.
Segundo especialistas, o sêmen resfriado pode ser coletado e processado pelo proprietário do garanhão. O custo com transporte aéreo é baixo -cerca de R$ 20- e, sobretudo no Estado de São Paulo, o uso de motoqueiros para efetuar as entregas é amplamente utilizado. O valor da dose, cerca de R$ 1.000, é inferior ao do produto congelado importado.
Outra vantagem é que o material resfriado pode conservar suas características originais por até 48 horas após a coleta, tempo suficiente para transportá-lo dentro do país. Além disso, as taxas de fertilidade são elevadas, aproximadamente no mesmo nível dos resultados obtidos com a reprodução natural.
Para criadores mais tradicionais, a inseminação com sêmen fresco é ainda a mais largamente aplicada. Porém, apesar de sua eficácia, esse procedimento tem inconvenientes. Um deles, é a necessidade de deslocamento dos animais.
Com isso, os criadores se vêem obrigados a arcar com custos de transporte mais altos. Outra desvantagem é o perigo potencial de arriscar a vida dos cavalos, já que viagens aumentam o risco de acidentes ou de contaminação por doenças.



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