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Inflação segue alta, diz novo diretor do BC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Indicado para o cargo de
diretor de Política Econômica do Banco Central, o economista Afonso Bevilaqua
disse ontem que "a inflação
está sob controle, mas em
um nível ainda alto".
Segundo ele, a queda dos
índices de preços nas últimas semanas "justifica" que
o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) avalie
uma redução da taxa básica
de juros. No entanto ele não
precisou quando isso poderia ocorrer.
Juntamente com Eduardo
Loyo, indicado para a Diretoria de Estudos Especiais
do BC, Bevilaqua foi sabatinado ontem no Senado pelos membros da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Questionado pelo líder do governo no Congresso, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), se a queda recente de vários índices não
abriria espaço para uma redução da taxa de juros, Bevilaqua disse que "as perspectivas são favoráveis", mas
que a inflação ainda está alta
se levada em consideração a
meta de inflação para este
ano, de 8,5%.
Bevilaqua concordou com
a decisão do Copom, tomada no mês passado, de manter inalterada a taxa básica
de juros em 26,5% ao ano.
De acordo com ele, a persistência da inércia inflacionária não garantia ao BC a certeza de cumprimento da meta de inflação para este ano.
Mercadante contestou. "A
eficácia da taxa de juros sobre a inércia inflacionária é
discutível", disse o senador,
que citou ainda os preços
administrados como fonte
de pressão.
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