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São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2003

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MERGULHO DA ÁGUIA

Presidente do Fed deixa aberta possibilidade de corte nos juros para aquecer economia e evitar deflação

Greenspan vê crescimento modesto nos EUA

DA REDAÇÃO

O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Alan Greenspan, disse ontem que um novo corte nos juros pode ser necessário como segurança contra o risco -pequeno- de deflação, ainda que, segundo ele, a economia americana pareça pronta para voltar a se acelerar, embora modestamente. A taxa de juros nos EUA, hoje em 1,25% ao ano, é a menor em quatro décadas.
"Ainda é muito cedo para ter qualquer previsão para a economia americana no próximo período", disse, via satélite, durante a Conferência Monetária Internacional em Berlim, que reúne presidentes de bancos centrais de vários países. "Eu realmente espero que o crescimento se acelere, talvez não tanto quanto alguns esperam, mas tudo parece estar no lugar", afirmou.
Segundo ele, não há recuperação ainda, embora dados recentes sugiram que a economia tenha se estabilizado no último mês depois de enfraquecer em março e em abril, disse o presidente do Fed. "A notícia mais importante sobre a economia americana nos últimos trimestres é a evidência de uma considerável elasticidade que não víamos em anos."
"Simplesmente não é concebível que tenhamos passado pelos choques que passamos desde 2001 e ainda tenhamos uma economia que tem se expandido", disse o presidente do Fed.
Embora tenha expressado confiança no fato de que a economia americana possa apresentar uma virada positiva, Greenspan manteve a porta aberta para um possível corte nos juros. "Concluímos que a inflação não é algo significativo para o Fed se preocupar, o que significa que estamos muito mais inclinados -como nos últimos anos- a tomar medidas contra a fraqueza da economia."
Segundo ele, o pacote de corte nos impostos, previsto para entrar em vigor em julho, vai ajudar no terceiro trimestre. Além disso, os ganhos de produtividade, de acordo com ele, continuam e o nível de empregos deverá aumentar mais para a frente.


Com agências internacionais


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