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MERGULHO DA ÁGUIA
Presidente do Fed deixa aberta possibilidade de corte nos juros para aquecer economia e evitar deflação
Greenspan vê crescimento modesto nos EUA
DA REDAÇÃO
O presidente do Fed (Federal
Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Alan Greenspan,
disse ontem que um novo corte
nos juros pode ser necessário como segurança contra o risco
-pequeno- de deflação, ainda
que, segundo ele, a economia
americana pareça pronta para
voltar a se acelerar, embora modestamente. A taxa de juros nos
EUA, hoje em 1,25% ao ano, é a
menor em quatro décadas.
"Ainda é muito cedo para ter
qualquer previsão para a economia americana no próximo período", disse, via satélite, durante a
Conferência Monetária Internacional em Berlim, que reúne presidentes de bancos centrais de vários países. "Eu realmente espero
que o crescimento se acelere, talvez não tanto quanto alguns esperam, mas tudo parece estar no lugar", afirmou.
Segundo ele, não há recuperação ainda, embora dados recentes
sugiram que a economia tenha se
estabilizado no último mês depois
de enfraquecer em março e em
abril, disse o presidente do Fed.
"A notícia mais importante sobre
a economia americana nos últimos trimestres é a evidência de
uma considerável elasticidade
que não víamos em anos."
"Simplesmente não é concebível que tenhamos passado pelos
choques que passamos desde
2001 e ainda tenhamos uma economia que tem se expandido",
disse o presidente do Fed.
Embora tenha expressado confiança no fato de que a economia
americana possa apresentar uma
virada positiva, Greenspan manteve a porta aberta para um possível corte nos juros. "Concluímos
que a inflação não é algo significativo para o Fed se preocupar, o
que significa que estamos muito
mais inclinados -como nos últimos anos- a tomar medidas
contra a fraqueza da economia."
Segundo ele, o pacote de corte
nos impostos, previsto para entrar em vigor em julho, vai ajudar
no terceiro trimestre. Além disso,
os ganhos de produtividade, de
acordo com ele, continuam e o nível de empregos deverá aumentar
mais para a frente.
Com agências internacionais
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