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São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2003

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UE põe França na parede e exige controle fiscal

DA REDAÇÃO

Os ministros das Finanças da União Européia colocaram a França na parede ontem e exigiram que o país adote medidas destinadas a conter o crescente déficit público do país. A maior pressão partiu da Dinamarca e da Holanda.
Durante uma reunião em Luxemburgo, os ministros decidiram dar quatro meses para que a França adote procedimentos para estancar o buraco em suas contas públicas. A UE quer que os franceses respeitem, ao menos no próximo ano, o teto de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) previsto no pacto de estabilidade e crescimento da união monetária dos países do bloco.
Na opinião dos representantes holandeses e dinamarqueses, a França tem avançado de maneira muito tímida na questão, dadas as duras medidas que Portugal e Alemanha, os outros países com déficits elevados, têm adotado.
No ano passado, o déficit fiscal francês ficou em 3,1% do PIB, ligeiramente acima do teto. Mas projeções da Comissão Européia, a instância executiva da UE, indicam que o buraco poderá atingir 3,7% neste ano e 3,5% em 2004.
"Tendo em vista os esforços de Portugal e da Alemanha, a Holanda não pode dar seu apoio a um tratamento diferenciado no caso francês", afirmaram os representantes holandeses, em um comunicado.
O ministro francês das Finanças, Francis Mer, disse que fará o possível para que o déficit fique dentro do limite, mas, por outro lado, afirmou que o crescimento econômico não pode ser estrangulado. "Não deveríamos pisar no freio muito forte quando o carro já está reduzindo a marcha."


Com agências internacionais


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