|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
UE põe França na parede e exige controle fiscal
DA REDAÇÃO
Os ministros das Finanças da
União Européia colocaram a
França na parede ontem e exigiram que o país adote medidas
destinadas a conter o crescente
déficit público do país. A maior
pressão partiu da Dinamarca e da
Holanda.
Durante uma reunião em Luxemburgo, os ministros decidiram dar quatro meses para que a
França adote procedimentos para
estancar o buraco em suas contas
públicas. A UE quer que os franceses respeitem, ao menos no
próximo ano, o teto de 3% do PIB
(Produto Interno Bruto) previsto
no pacto de estabilidade e crescimento da união monetária dos
países do bloco.
Na opinião dos representantes
holandeses e dinamarqueses, a
França tem avançado de maneira
muito tímida na questão, dadas as
duras medidas que Portugal e
Alemanha, os outros países com
déficits elevados, têm adotado.
No ano passado, o déficit fiscal
francês ficou em 3,1% do PIB, ligeiramente acima do teto. Mas
projeções da Comissão Européia,
a instância executiva da UE, indicam que o buraco poderá atingir
3,7% neste ano e 3,5% em 2004.
"Tendo em vista os esforços de
Portugal e da Alemanha, a Holanda não pode dar seu apoio a um
tratamento diferenciado no caso
francês", afirmaram os representantes holandeses, em um comunicado.
O ministro francês das Finanças, Francis Mer, disse que fará o
possível para que o déficit fique
dentro do limite, mas, por outro
lado, afirmou que o crescimento
econômico não pode ser estrangulado. "Não deveríamos pisar no
freio muito forte quando o carro
já está reduzindo a marcha."
Com agências internacionais
Texto Anterior: Europa estagnada: FMI defende corte de juros na zona do euro Próximo Texto: Mergulho da águia: Greenspan vê crescimento modesto nos EUA Índice
|