DA SUCURSAL DO RIO Com oferta maior no crédito "rotativo" e prazo ampliado para pagamento, anunciados recentemente, o BNDES conseguiu fechar em quase R$ 1 bilhão o total de operações com o cartão BNDES no primeiro semestre. A alta dos juros nos bancos, um dos reflexos da crise, também incentivou o uso.
Em seis meses de operação, o volume supera em 7% os R$ 933 bilhões que foram realizados durante o ano de 2008. O número de operações, 65 mil, também já é maior do que o de todo o ano passado: 62,9 mil.
Em março, o prazo máximo para pagamento no cartão aumentou de 36 para 48 meses. Também foram ampliados os limites, de acordo com a receita da empresa.
A taxa de juros foi reduzida de 1,23% para 1% ao mês. Como comparação, uma das linhas mais usadas nos bancos comerciais, o desconto de duplicata, opera com taxa média de 3%, segundo o BC.
Segundo o BNDES, os setores que mais têm recorrido ao cartão são o têxtil, o calçadista e o moveleiro, afetados pela queda nas exportações.
O maior uso do cartão é na aquisição de veículos utilitários, seguida pela compra de insumos para o setor têxtil.
Com 68% das operações, as microempresas levaram 54,5% dos recursos desembolsados por meio do cartão neste ano, ou R$ 542,5 milhões. As de médio porte, com faturamento anual entre R$ 1,2 milhão e R$ 10,5 milhões, foram responsáveis por 34% das operações, ou R$ 341,5 milhões.
As empresas médias, com receitas anuais de R$ 10,5 milhões a R$ 60 milhões, levaram 11% dos recursos desembolsados por meio do cartão, ou R$ 110 milhões.
O cartão do BNDES foi criado há seis anos. Os empresários podem obtê-lo na Caixa Econômica Federal, no BB ou no Bradesco.
(SAMANTHA LIMA)


Texto Anterior: Lista de ex-tarifários será ampliada
Próximo Texto: Logística: Porto de Santos bate recorde em maio
Índice