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Bancos veem pouca chance de ganhos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na avaliação dos bancos,
o governo está com a visão
errada sobre o potencial
da venda da folha dos aposentados do INSS porque
insiste em compará-la às
negociações feitas nos últimos anos com Estados e
municípios para administrar folhas de salário.
Um dos argumentos dos
bancos é que a renda dos
beneficiários do INSS é
bastante inferior à de servidores de governos locais
e prefeituras. O valor médio pago nos novos benefícios concedidos neste ano,
segundo dados da própria
Previdência, é de R$ 707.
A média salarial dos servidores do Estado de São
Paulo -que arrecadou
R$ 2 bilhões com a venda à
Nossa Caixa da exclusividade na administração da
sua folha de pagamento-
é de em torno de R$ 2.700.
Mesmo Estados menores,
como Santa Catarina, pagam salários médios de
R$ 2.400.
Para o governo, no entanto, o universo em jogo é
bem maior, elevando o potencial de ganho dos bancos. Enquanto São Paulo
tem 1,2 milhão de funcionários, e Santa Catarina,
125 mil, o INSS concedeu
no ano passado 4,5 milhões de novos benefícios.
Neste ano, entre janeiro e
maio, as novas concessões
somaram 1,8 milhão.
Boa parte desse bolo,
porém, é de benefícios
temporários como auxílio-doença e salário-maternidade. Considerando
as concessões do mês de
maio, as aposentadorias
representaram menos de
um terço, mas ainda são
um volume expressivo.
Dos 381,4 mil novos benefícios concedidos em
maio -incluindo 19 diferentes tipos, entre previdenciários e assistenciais-, o auxílio-doença
somou 143.877, e o salário-maternidade, 51.148, com
valores médios de
R$ 759,93 e R$ 512,26, respectivamente.
O amparo ao idoso e ao
portador de deficiência
contabilizou 32.458 novos
benefícios, com valor médio de R$ 465. Entre as
aposentadorias, a por idade registrou o maior volume de novas concessões:
51.952, com salário médio
de R$ 548,21. Os que ganharam mais foram os
aposentados por tempo de
contribuição (R$ 1.188,53,
em média). Eles somaram
25.880 novos benefícios
em maio.
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