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Receita das micro e pequenas recua 2,8% no 1º semestre
Empresários paulistas se mostram menos otimistas em julho do que nos seis meses anteriores, afirma Sebrae
Taxa de câmbio baixa e
inadimplência elevada do
consumidor estão entre
as razões da diminuição dos
ganhos, segundo entidade
DA REDAÇÃO
O faturamento das micro e
pequenas empresas no primeiro semestre caiu 2,8% (R$ 3,3
bilhões) em relação ao mesmo
período de 2005, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas
Empresas).
Os micro e pequenos empresários paulistas também se
mostraram menos otimistas
em julho do que nos seis meses
anteriores. Das 2.700 empresas
ouvidas no mês passado pela
pesquisa -representativas de
um universo de 1,3 milhão-,
25% responderam que esperam melhora no faturamento
nos próximos seis meses, contra 28% em junho e números de
pelo menos 30% nos três primeiros meses do ano.
A maioria dos empresários
(54%) disse que o nível do faturamento deve ser mantido. O
índice dos que acreditam em
queda está, desde abril, em 4%.
Motivos
De acordo com o Sebrae-SP,
entre as razões para as perdas
das pequenas empresas, está a
taxa de câmbio mais baixa, que
redireciona o consumo para
bens importados.
O aumento de renda do trabalhador e a crescente oferta de
financiamentos, por sua vez,
teriam atraído o consumidor a
itens mais caros, como televisores e automóveis, que não são
produzidos por pequenas empresas.
"O orçamento das famílias
está comprometido com prestações", disse Marco Aurélio
Bedê, responsável pela pesquisa. Desse modo, produtos oferecidos por pequenas empresas, como cabeleireiros, são
preteridos.
Outra causa para a perda de
receita é a crescente inadimplência. A forma de crédito que
os pequenos empresários mais
oferecem é o cheque.
A proporção de cheques sem
fundos aumentou 14% do primeiro semestre de 2005 ao
mesmo período deste ano.
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