São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008

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Após demissões, OceanAir aumenta a frota

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

Quase três meses depois de anunciar um plano de reestruturação que incluiu o corte de 600 funcionários, a OceanAir divulgou planos para aumentar sua frota.
A empresa possui 14 aviões Fokker 100, mas somente 9 estão em operação. Dentro de 60 a 90 dias, a companhia aumentará para 11 o número de aeronaves em operação e mantém conversas com a controladora, a Synergy Aerospace, para agilizar a chegada de aviões da Airbus previstos para meados de 2009.
O diretor geral da OceanAir, José Efromovich (irmão do empresário German Efromovich), reconhece que a empresa chegou a ser apontada como a "bola da vez" após a crise da Varig e da BRA.
"Na indústria em que a gente milita, quando existe uma crise imagina-se logo que a empresa vai parar e que os funcionários vão ser demitidos sem um tostão. Nossos funcionários [demitidos] receberam. Nós não paramos", comenta.
Efromovich diz que o grupo Synergy tem pedidos firmes de compra de 82 aeronaves, entre modelos da Airbus e da Boeing. O planejamento inicial destina 28 aviões para a OceanAir. A chegada dos aviões começa no próximo ano.
O diretor diz não estar preocupado com a perda de mercado da OceanAir. A empresa, que já foi apontada como a opção viável para combater o duopólio no mercado doméstico, ficou atrás da Webjet nas estatísticas de junho da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), com fatia de 1,63% do mercado.
"Nosso processo de reestruturação está focado no atendimento ao cliente, no serviço e na pontualidade. É óbvio que uma redução das bases resultaria em diminuição do market-share", afirma. Segundo dados da empresa, sua regularidade passou de 78,5% em abril para 98,9% em julho e a pontualidade subiu de 81,32% para 90,05% no período.
Um dos maiores investimentos da empresa hoje é a operação na ponte aérea Rio-São Paulo, considerada uma das rotas mais rentáveis do mercado doméstico. Com a chegada de novos aviões, a empresa afirma que contratará mais comissários e pilotos e dará preferência aos funcionários que foram demitidos neste ano. A empresa pretende voltar para os vôos internacionais com a chegada de aeronaves de grande porte.
A elevação do petróleo já teve impacto sobre as passagens -desde abril, a tarifa média subiu 12%. Segundo Efromovich, a chegada dos novos aviões, que consomem menos combustível, vai ajudar a minimizar o impacto. "O aumento é inevitável, não tem mágica", disse.


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