|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após demissões, OceanAir aumenta a frota
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
Quase três meses depois de
anunciar um plano de reestruturação que incluiu o corte de
600 funcionários, a OceanAir
divulgou planos para aumentar
sua frota.
A empresa possui 14 aviões
Fokker 100, mas somente 9 estão em operação. Dentro de 60
a 90 dias, a companhia aumentará para 11 o número de aeronaves em operação e mantém
conversas com a controladora,
a Synergy Aerospace, para agilizar a chegada de aviões da Airbus previstos para meados de
2009.
O diretor geral da OceanAir,
José Efromovich (irmão do
empresário German Efromovich), reconhece que a empresa
chegou a ser apontada como a
"bola da vez" após a crise da Varig e da BRA.
"Na indústria em que a gente
milita, quando existe uma crise
imagina-se logo que a empresa
vai parar e que os funcionários
vão ser demitidos sem um tostão. Nossos funcionários [demitidos] receberam. Nós não
paramos", comenta.
Efromovich diz que o grupo
Synergy tem pedidos firmes de
compra de 82 aeronaves, entre
modelos da Airbus e da Boeing.
O planejamento inicial destina
28 aviões para a OceanAir. A
chegada dos aviões começa no
próximo ano.
O diretor diz não estar preocupado com a perda de mercado da OceanAir. A empresa, que
já foi apontada como a opção
viável para combater o duopólio no mercado doméstico, ficou atrás da Webjet nas estatísticas de junho da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil), com
fatia de 1,63% do mercado.
"Nosso processo de reestruturação está focado no atendimento ao cliente, no serviço e
na pontualidade. É óbvio que
uma redução das bases resultaria em diminuição do market-share", afirma. Segundo dados
da empresa, sua regularidade
passou de 78,5% em abril para
98,9% em julho e a pontualidade subiu de 81,32% para
90,05% no período.
Um dos maiores investimentos da empresa hoje é a operação na ponte aérea Rio-São
Paulo, considerada uma das rotas mais rentáveis do mercado
doméstico. Com a chegada de
novos aviões, a empresa afirma
que contratará mais comissários e pilotos e dará preferência
aos funcionários que foram demitidos neste ano. A empresa
pretende voltar para os vôos internacionais com a chegada de
aeronaves de grande porte.
A elevação do petróleo já teve
impacto sobre as passagens
-desde abril, a tarifa média subiu 12%. Segundo Efromovich,
a chegada dos novos aviões, que
consomem menos combustível, vai ajudar a minimizar o
impacto. "O aumento é inevitável, não tem mágica", disse.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Ouro recebe até US$ 2 bi de investimento Índice
|