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Reunião do BC dos EUA é destaque na semana
No Brasil, mercado aguarda na sexta o IPCA de julho
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana terá na reunião do
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos Estados Unidos)
seu principal evento. Com o enfraquecimento do PIB norte-americano, o consenso no mercado financeiro é o de que a taxa básica de juros do país seja
mantida em 2% anuais.
Todavia, a ratificação do resultado esperado por analistas
e investidores não significará
necessariamente calmaria para
o mercado financeiro. Dependendo dos comentários que
vierem na nota que os dirigentes do Fed irão divulgar após a
sua reunião, o mercado pode
responder com agitação.
"Na agenda dos EUA, o evento mais importante será a reunião do Fed, na terça-feira. O
mercado espera que o Fed
mantenha a taxa básica de juros inalterada, em 2% ao ano,
diante dos sinais de fragilidade
do sistema financeiro e da fraqueza das condições econômicas. Como a decisão é tida como
praticamente certa pelo mercado, as maiores atenções estarão
voltadas para o teor do comunicado emitido após a reunião",
diz Elson Teles, economista-chefe da Concórdia.
Além da reunião de política
monetária, a agenda norte-americana trará diversos indicadores. Hoje vai ser conhecido
o índice PCE (preços dos gastos
dos consumidores norte-americanos) e os dados de gastos
pessoais em julho.
Na quarta, haverá a apresentação dos estoques de petróleo
no país e os dados de solicitações de empréstimos hipotecários. Apesar do recuo nos últimos dias, o petróleo ainda é um
ponto de grande preocupação
para o mercado. Se os EUA estiverem com estoques baixos,
poderão estimular a elevação
do preço do produto.
"A indefinição dos mercados
deve continuar na semana. Teremos como destaque o PCE,
índice de inflação preferido do
Fed, e a reunião do Fomc, para
decidir a taxa básica de juros
americana. Além desses indicadores, os resultados de empresas, com destaque para Ambac,
e a oscilação das commodities
também devem mexer com o
mercado", afirma Júlio Martins, diretor da Prosper Gestão
de Recursos.
Na Europa, as atenções se
voltarão para as reuniões do
Banco da Inglaterra e do BCE
(Banco Central Europeu), que
decidirão na quinta-feira como
ficarão suas taxas básicas. A expectativa do mercado é que os
juros sejam mantidos em 5%
anuais na Inglaterra e que sejam elevados para 4,25% ao ano
na zona do euro.
Preocupação interna
O resultado do IPCA (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo) de julho, que vai ser divulgado na sexta-feira, é o dado
mais relevante para os investidores brasileiros.
O IPCA é o índice utilizado
pelo governo para monitorar a
meta de inflação. Assim, quando o índice de preços aponta
riscos de estourar a meta estipulada, o Copom acaba por elevar os juros básicos de forma
mais consistente.
A pressão inflacionária levou
o Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) a elevar a taxa básica de forma mais expressiva que o esperado. A taxa básica está agora em 13% anuais e
há analistas que estimam a Selic em 15% no fim do ano.
Outros índices de preços vão
ser conhecidos na semana.
Amanhã será divulgado o
IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apurado pela Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Espera-se
que o indicador de preços da Fipe, que se restringe ao município de São Paulo, aponte elevação de 0,45% no mês passado.
Na quarta-feira, será a vez de
a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgar o resultado do
IGP-DI de julho.
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