São Paulo, quarta-feira, 04 de setembro de 2002

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Linha de gás vai cruzar a floresta

DA SUCURSAL DO RIO

DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

A Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras) irá investir na construção de um gasoduto ligando os campos de produção de gás em Urucu -no meio da floresta Amazônica- a Porto Velho (Rondônia).
O valor total do projeto é de US$ 340 milhões. Ao fundo de pensão caberá desembolsar 20% do total. O duto será operado pela Petrobras, que deve ter uma participação majoritária no negócio. Seu objetivo é escoar a produção de gás de Urucu, que hoje é pouco usado devido à dificuldade de transporte.
Segundo a Petros, a estatal busca outros parceiros para o projeto. Será criada uma Sociedade de Propósito Específico para investir no duto, que começará a ser construído em março de 2003 e deve estar concluído ainda no ano seguinte. Terá 522 km de extensão. A Petros também pode assumir participação em outro gasoduto para escoar a produção de gás na bacia de Campos (RJ).

Auto-suficiência
Se o Brasil repetir o fraco crescimento econômico dos últimos anos, a Petrobras, sozinha, garantirá o cumprimento da meta de auto-suficiência em 2005.
A expectativa é do diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Coutinho Barbosa. Ele disse que, com o atual ritmo de expansão da economia, a produção da estatal projetada para 2005 será suficiente para atender todo o consumo nacional. A meta é produzir 1,9 milhão de barris/dia.
Nos últimos anos, devido às sucessivas crises, o PIB (Produto Interno Bruto) tem crescido não mais do que a 2% a 3%.
Quando quebrou o monopólio da Petrobras, em 1998, o governo estimara também se livrar das importações de óleo em 2005. Previa, porém, contar com uma produção de cerca de 200 mil barris das empresas privadas que entraram na exploração de óleo.
Essas mais de 40 companhias não fizeram nenhuma descoberta relevante -exceto a Shell.
Com o anêmico crescimento da economia, não fará falta a produção que havia sido prevista para as petroleiras privadas.
Hoje, o Brasil produz cerca de 1,5 mil barris e importa 20% do que consome de óleo.
Justamente para atrair mais empresas na área de exploração e produção, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) terá para o próximo ano um orçamento de R$ 1,2 bilhão para investir em estudos geológicos e sísmicos.
O objetivo é dar aos investidores informações sobre as possibilidades de achar petróleo nas bacias brasileiras, sobretudo nas chamadas "novas fronteiras", áreas ainda não exploradas. (PS, CC E JAD)


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