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Linha de gás vai cruzar a floresta
DA SUCURSAL DO RIO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
A Petros (fundo de pensão dos
funcionários da Petrobras) irá investir na construção de um gasoduto ligando os campos de produção de gás em Urucu -no
meio da floresta Amazônica- a
Porto Velho (Rondônia).
O valor total do projeto é de US$
340 milhões. Ao fundo de pensão
caberá desembolsar 20% do total.
O duto será operado pela Petrobras, que deve ter uma participação majoritária no negócio. Seu
objetivo é escoar a produção de
gás de Urucu, que hoje é pouco
usado devido à dificuldade de
transporte.
Segundo a Petros, a estatal busca outros parceiros para o projeto.
Será criada uma Sociedade de
Propósito Específico para investir
no duto, que começará a ser construído em março de 2003 e deve
estar concluído ainda no ano seguinte. Terá 522 km de extensão.
A Petros também pode assumir
participação em outro gasoduto
para escoar a produção de gás na
bacia de Campos (RJ).
Auto-suficiência
Se o Brasil repetir o fraco crescimento econômico dos últimos
anos, a Petrobras, sozinha, garantirá o cumprimento da meta de
auto-suficiência em 2005.
A expectativa é do diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Coutinho Barbosa. Ele
disse que, com o atual ritmo de
expansão da economia, a produção da estatal projetada para 2005
será suficiente para atender todo
o consumo nacional. A meta é
produzir 1,9 milhão de barris/dia.
Nos últimos anos, devido às sucessivas crises, o PIB (Produto Interno Bruto) tem crescido não
mais do que a 2% a 3%.
Quando quebrou o monopólio
da Petrobras, em 1998, o governo
estimara também se livrar das importações de óleo em 2005. Previa, porém, contar com uma produção de cerca de 200 mil barris
das empresas privadas que entraram na exploração de óleo.
Essas mais de 40 companhias
não fizeram nenhuma descoberta
relevante -exceto a Shell.
Com o anêmico crescimento da
economia, não fará falta a produção que havia sido prevista para
as petroleiras privadas.
Hoje, o Brasil produz cerca de
1,5 mil barris e importa 20% do
que consome de óleo.
Justamente para atrair mais empresas na área de exploração e
produção, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) terá para o próximo ano um orçamento de R$ 1,2
bilhão para investir em estudos
geológicos e sísmicos.
O objetivo é dar aos investidores
informações sobre as possibilidades de achar petróleo nas bacias
brasileiras, sobretudo nas chamadas "novas fronteiras", áreas ainda não exploradas. (PS, CC E JAD)
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