DO "FINANCIAL TIMES"

A Ford precisa de um novo modelo empresarial e poderá buscar executivos de fora e alianças com outros fabricantes de carros para ajudar a implementá-lo, segundo Bill Ford, presidente e principal executivo do grupo que enfrenta dificuldades.
Em memorando para os 300 mil empregados, antes de um plano acelerado de reformas a ser revelado neste mês, Ford advertiu que "o modelo empresarial que nos sustentou durante décadas não é mais suficiente para manter a rentabilidade".
A Ford registrou prejuízo de US$ 1,3 bilhão no primeiro semestre, principalmente devido a problemas no crítico mercado americano.
Em seu memorando, Ford defendeu "um novo modelo empresarial" por meio de maior contribuição dos automóveis e dos veículos mistos para os lucros; manutenção da liderança das caminhonetes na América do Norte; lucros mais saudáveis em todas as unidades de negócios; crescimento na Ásia; maior integração das operações globais; e "avaliação de alianças estratégicas".
Dificuldades recentes obrigaram a Ford a rever seu plano de reestruturação chamado "Caminho Adiante", lançado em janeiro. O plano, que visa restaurar a rentabilidade das operações na América do Norte até 2008, inclui o fechamento de 14 fábricas nos Estados Unidos até 2012, com a perda de até 30 mil empregos.
A nova versão, que deverá ser discutida numa reunião do conselho no dia 14, provavelmente vai aprofundar e acelerar esses cortes.
A montadora também procura compradores para a Aston Martin, fabricante de carros de luxo na Grã-Bretanha. O próprio cargo de Ford como presidente e principal executivo tem sido cada vez mais questionado.