São Paulo, quinta-feira, 04 de setembro de 2008

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Faturamento da indústria cresce 13,2%, apura CNI

Confederação registra avanço no emprego

EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) reconheceu ontem que subestimou os números sobre o crescimento da economia neste ano, que levaram o setor a registrar novos números recordes em julho.
Apesar da desaceleração esperada para o mês passado, o faturamento do setor registrou expansão de 13,2% em 12 meses e um resultado recorde de 9% no acumulado do ano.
O gerente da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que a entidade irá rever neste mês a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano. A projeção atual é de 5%, em linha com a feita pelo governo federal.
Ele afirmou também que ainda não há sinais de que haverá uma desaceleração no resultado da indústria neste ano, mas disse que os números do setor não confirmam a avaliação do Banco Central de que há descompasso entre o crescimento da oferta e da demanda no mercado interno.
"O setor industrial não é a fonte maior das pressões inflacionárias", afirmou Castelo Branco. Ele afirmou que o valor recorde do uso da capacidade instalada alcançado em julho (83,5%) não significa que haja um gargalo na oferta de produtos, o que poderia pressionar os preços. Segundo a CNI, esse indicador aponta apenas a maturação dos investimentos feitos desde 2006.
Entre as indústrias que mais investiram na ampliação da produção nos últimos 12 meses, estão as montadoras de veículos. A capacidade instalada delas passou de 87,2% para 90,3%, de acordo com a CNI.
Em relação à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) da próxima semana, o economista disse que os números da inflação apontam para uma acomodação de preços.
"Há sinais de que talvez a política monetária não precise ser apertada por um período tão longo como foi apontado pelo BC", afirmou Castelo Branco.

Emprego
Os resultados se refletiram no emprego. O número de trabalhadores na produção industrial cresceu 4,4% no ano, as horas trabalhadas tiveram alta de 6,1% e a massa salarial avançou 5,6%.


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