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Importações no setor são mais que o dobro das exportações, aponta pesquisa
DA SUCURSAL DO RIO
Em 2005, o valor das importações de bens e serviços de
saúde (R$ 4 bilhões) no Brasil
foi mais que o dobro do valor
das exportações (R$ 1,9 bilhão).
O setor que mais depende
das importações é o de farmoquímicos -o percentual de importados chegava a 83% da
oferta desses produtos no país.
Indústrias farmoquímicas
produzem insumos que serão
usados na produção de medicamentos -elas não fabricam o
medicamento pronto, mas a
substância que, manipulada
por um laboratório, originará o
remédio que será vendido na
farmácia ou para hospitais.
O diagnóstico de que o setor é
dependente de importações
não é novo, tanto que o governo, para diminuir o peso das
importações, ampliou linhas de
financiamento (previstas para
chegar a R$ 3 bilhões até 2012)
para a indústria farmacêutica
no BNDES.
Segundo o diretor do Departamento de Economia da Saúde
do Ministério da Saúde, Elias
Jorge, as importações de farmoquímicos sofrem influência
do câmbio e, por isso, oscilam
de um ano para o outro.
Mesmo assim, como mostra
a pesquisa do IBGE, a participação dos importados de 2000
a 2005 foi sempre superior a
70%, variando de 73% em 2000
a 94% em 2003.
"No curto prazo, é mais barato importar do que produzir
aqui. Mas, a médio e a longo
prazos, os investimentos compensam porque o fortalecimento da indústria nacional
melhora o poder de compra do
governo. No caso da saúde, no
entanto, o mais importante é
ter em mente que não se pode
abrir mão da qualidade", afirma
Jorge.
Para Ciro Mortella, presidente-executivo da Federação
Brasileira da Indústria Famacêutica, o dado de que mais de
80% dos produtos farmoquímicos são importados não surpreende, já que a produção
atualmente é globalizada.
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