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Petróleo afeta Petrobras, e Bolsa de SP recua 1,67%
Papéis da estatal caem 4,7%; dólar sobe 0,69% e vai a R$ 2,174
DA REPORTAGEM LOCAL
No segundo dia após as eleições, a Bovespa interrompeu o
momento favorável que vinha
atravessando e terminou ontem na mínima, com queda de
1,67%, após operar todo o pregão em baixa. Perdas registradas pelas ações da Petrobras e
da Vale do Rio Doce foram decisivas para o resultado negativo da Bolsa paulista.
Na segunda-feira, ainda sob o
efeito da relativa surpresa de os
eleitores terem optado pelo segundo turno nas eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), a Bolsa de Valores
de São Paulo subiu 1,67%.
A nova baixa nos preços do
barril de petróleo e de algumas
commodities metálicas no
mercado internacional ontem
prejudicou ações de companhias brasileiras.
A ação ON (ordinária) da Petrobras, presente nos fundos
formados com recursos do
FGTS, teve queda expressiva de
4,70% na Bolsa ontem. Logo
atrás ficou a PN (preferencial)
da empresa, que recuou 4,22%.
Outra fortemente prejudicada foi a Vale do Rio Doce. Seu
papel ON -que está nos fundos
FGTS- caiu 3,87%, e o PNA
perdeu 3,64%.
Essas ações foram responsáveis por quase 30% do movimento da Bolsa. Assim, tiveram
peso fundamental no resultado
ruim do mercado acionário. E o
fato de o índice Dow Jones, da
Bolsa de Nova York, ter atingido seu pico histórico não foi suficiente para aliviar a baixa do
mercado brasileiro.
Dólar
No mercado de câmbio, também faltou motivo para o real
se manter em rota de apreciação. O dólar subiu 0,69% e foi a
R$ 2,174.
Profissionais de corretoras
comentaram que uma operação cambial mais pesada, que
teria sido feita por um banco
estrangeiro, ajudou a pressionar a cotação da moeda.
O Banco Central também teve participação no resultado de
ontem, ao realizar mais um leilão para comprar dólares diretamente das instituições financeiras. A autoridade monetária
adquiriu moeda dos bancos pagando R$ 2,169.
(FABRICIO VIEIRA)
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