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Tarifas também subiram mais do que a inflação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar dos aumentos reais e
da ampliação no número de
funcionários, os Correios vêm
apresentando lucros crescentes nos últimos anos. Como a
receita da empresa vem das tarifas que ela cobra dos usuários,
elas precisam aumentar para
dar conta do crescimento do
gasto com pessoal.
Entre o final de 2002 e 2009,
as tarifas da encomenda e do
Sedex aumentaram aproximadamente 51%. Esses dois serviços representam as principais
fontes de receita dos Correios.
A carta não comercial e os serviços impressos tiveram aumento de 44,4%, e a carta comercial teve reajuste de 66%.
No mesmo período, a inflação
foi de 46,03% (IPCA).
Apesar dos aumentos reais
no período, o choque tarifário
nos Correios aconteceu entre
1998 e 2002. Nesse período, a
tarifa da encomenda aumentou
70%, a do Sedex, 55%, a dos impressos, 125%, a carta comercial teve reajuste de 93,5%, e a
carta não comercial teve a tarifa reajustada em 104,5%. A inflação foi de 40,7%.
Não há regra que defina o
reajuste de tarifa dos Correios,
nem essa é uma decisão da empresa. As tarifas são reajustadas
por ato conjunto dos ministérios da Fazenda e das Comunicações, sempre que o governo
acha oportuno. Os aumentos
acontecem quase todo ano, mas
em 1998, em 1999 e em 2006
não houve mudança tarifária.
Em 1998, os Correios tinham
82.598 funcionários. No final
de 2002 esse número havia
chegado a 95.669 e, atualmente, a empresa conta com 112.331
empregados. Os resultados
também têm melhorado. Em
1998, houve lucro de R$ 244
milhões. Em 2002, o resultado
positivo já era de R$ 406 milhões e, no ano passado, quase
dobrou -foi de R$ 801 milhões.
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