|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SALÁRIOS
Benefício deve ser pago até o dia 20 de dezembro
Dieese diz que décimo terceiro vai injetar R$ 23 bilhões na economia
VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL
O pagamento do 13º salário aos
trabalhadores e aposentados despejará R$ 22,99 bilhões na economia este ano, o equivalente a
2,17% do PIB (Produto Interno
Bruto, a soma das riquezas produzidas no país).
O cálculo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos) foi divulgado ontem.
A maior parte dessa massa de
recursos será paga agora no final
do ano, a partir de 20 deste mês.
Mas uma parte menor, que o
Dieese não sabe precisar o tamanho, já foi paga sob forma de
adiantamento. Muitas pessoas recebem metade do 13º nas férias e
algumas categorias têm acordos
que garantem o pagamento do
benefício na metade do ano.
O valor de R$ 22,99 bilhões é
apenas uma estimativa, considerada "razoável" pelos técnicos do
Dieese. Para chegar a esse número, o Dieese tomou como base
que 50,56 milhões de pessoas recebem o benefício este ano no
país. Mas o próprio texto do estudo afirma que é muito difícil afirmar com precisão quantas pessoas recebem o abono.
Os aposentados beneficiados
pelo 13º serão 19,39 milhões, que
receberão R$ 5,31 bilhões do total.
Sobre esse número não há dúvidas, pois consta do cadastro do
INSS de setembro deste ano.
A aproximação fica por conta
dos trabalhadores da ativa. O
Dieese usou como base de seu estudo a Pnad (Pesquisa Nacional
por Amostra Domiciliar), feita
pelo IBGE no ano passado. Assim, chega-se à conclusão de que
31,17 milhões de trabalhadores
ocupados recebem R$ 17,68 bilhões em 13º este ano.
"Usamos o dado da Pnad do
ano passado e corrigimos pela inflação", afirma o economista Wilson Amorin, do Dieese.
O número de empregados subiu de 99 para cá, mas o rendimento do trabalhador, em média,
caiu. Por isso, segundo ele, pode-se dizer que a massa salarial deste
ano é a mesma de 99 em termos
reais.
Para Amorin, quem receber o
abono deve, antes de tudo, usá-lo
para quitar ou abater dívidas.
O economista acredita em um
crescimento do consumo neste final de ano, principalmente de
itens de menor valor. "Por último,
se sobrar algum dinheiro, este será destinado a investimentos."
Texto Anterior: Busca de oportunidades: Pinheiros concentra formal e informal Próximo Texto: Panorâmica: CEF reduzirá limite de investimento Índice
|