São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2000

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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa tem queda de 1,73%, a terceira na semana; volume financeiro ficou em R$ 485 mi
Bovespa cai pressionada pela Argentina

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo teve um dia tímido de negócios e operou em baixa durante quase todo o dia, para fechar em queda de 1,73%, a terceira baixa desta semana.
No início dos negócios, as ações preferenciais do Banespa chegaram a subir mais de 5%, animadas com a declaração do Banco Central de que quem levar o banco no leilão do próximo dia 20 terá participação nos lucros da instituição deste ano.
Mas a forte alta do dólar, pressionado pela declaração do ex- presidente da Argentina Raúl Alfónsin sobre a necessidade de uma moratória para salvar o país da atual crise econômica, influenciou negativamente a Bolsa paulista.
Nem mesmo a alta da Nasdaq (Bolsa eletrônica que reúne as ações da nova economia) e o anúncio de intervenção do Banco Central Europeu para segurar a cotação do euro animaram a Bovespa.
As ações ordinárias da Embratel Participações voltaram a ser o destaque negativo do dia e tiveram forte baixa, de 9,1%, ainda refletindo o anúncio do parecer da AGU na terça-feira sobre o IR de 96 a 98 que a empresa deveria ter recolhido.
Foram a maior queda do Ibovespa -índice das principais ações negociadas na Bolsa- no dia, seguidas pelas preferenciais da Telerj, que caíram 7% e das preferenciais da Embratel Participações, com 6,4% de desvalorização.
O volume financeiro foi pequeno, mas dentro do previsto para um dia após um feriado. O giro ficou em R$ 485,760 milhões.
No mercado norte-americano, os ADRs (American Depositary Receipts) tiveram um dia negativo. Os recibos da Globo Cabo foram os que mais caíram (8,98%).
Os papéis da Embratel e da Telesp Celular também tiveram fortes perdas, de 4,45% e 4,21%, respectivamente.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos do Ibovespa futuro tiveram baixa de 1,79%, com 14.623 pontos. Foram negociados 19.494 contratos e um volume de R$ 869 milhões.
Os C-Bonds, principais títulos da dívida externa brasileira registraram queda de 0,83%. Os títulos foram comercializados a US$ 0,7425 (cotação para venda).
(FABRICIO VIEIRA)


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