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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa tem queda de 1,73%, a terceira na semana; volume financeiro ficou em R$ 485 mi
Bovespa cai pressionada pela Argentina
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve um dia tímido de negócios e
operou em baixa durante quase
todo o dia, para fechar em queda
de 1,73%, a terceira baixa desta
semana.
No início dos negócios, as ações
preferenciais do Banespa chegaram a subir mais de 5%, animadas com a declaração do Banco
Central de que quem levar o banco no leilão do próximo dia 20
terá participação nos lucros da
instituição deste ano.
Mas a forte alta do dólar, pressionado pela declaração do ex-
presidente da Argentina Raúl Alfónsin sobre a necessidade de
uma moratória para salvar o país
da atual crise econômica, influenciou negativamente a Bolsa
paulista.
Nem mesmo a alta da Nasdaq
(Bolsa eletrônica que reúne as
ações da nova economia) e o
anúncio de intervenção do Banco
Central Europeu para segurar a
cotação do euro animaram a Bovespa.
As ações ordinárias da Embratel Participações voltaram a ser o
destaque negativo do dia e tiveram forte baixa, de 9,1%, ainda
refletindo o anúncio do parecer
da AGU na terça-feira sobre o IR
de 96 a 98 que a empresa deveria
ter recolhido.
Foram a maior queda do Ibovespa -índice das principais
ações negociadas na Bolsa- no
dia, seguidas pelas preferenciais
da Telerj, que caíram 7% e das
preferenciais da Embratel Participações, com 6,4% de desvalorização.
O volume financeiro foi pequeno, mas dentro do previsto para
um dia após um feriado. O giro
ficou em R$ 485,760 milhões.
No mercado norte-americano,
os ADRs (American Depositary
Receipts) tiveram um dia negativo. Os recibos da Globo Cabo foram os que mais caíram (8,98%).
Os papéis da Embratel e da Telesp Celular também tiveram fortes perdas, de 4,45% e 4,21%, respectivamente.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos do
Ibovespa futuro tiveram baixa de
1,79%, com 14.623 pontos. Foram negociados 19.494 contratos
e um volume de R$ 869 milhões.
Os C-Bonds, principais títulos
da dívida externa brasileira registraram queda de 0,83%. Os títulos foram comercializados a US$
0,7425 (cotação para venda).
(FABRICIO VIEIRA)
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