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São Paulo, terça-feira, 04 de novembro de 2003

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Vacina antiaftosa deve ser aplicada neste mês

DA REDAÇÃO

Vai até o final deste mês a segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa no Circuito Pecuário do Centro-Oeste, no Norte e no Nordeste, somando 12 Estados.
Em algumas regiões, a campanha vai até o mês de dezembro. No baixo Pantanal, em Mato Grosso, por exemplo, a campanha vai até o dia 15 de dezembro devido à grande quantidade de chuvas na região nesta época, o que dificulta a vacinação do gado.
Segundo o diretor do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, João Cavallero, a expectativa é vacinar 132 milhões de bovinos nesta etapa da campanha. "Nosso plano é erradicar a aftosa no país até 2005 e na América do Sul até 2009", afirmou. O país não registra caso da doença desde agosto de 2001.
O trabalho no continente é feito em parceria com os ministérios dos demais países, diz Cavallero.
O reconhecimento internacional de área livre de aftosa é feito pela OIE (Organização Internacional de Epizootias).
A vacinação é compulsória. Os criadores de gado devem adquirir as doses da vacina, providenciar a aplicação e depois encaminhar a documentação relativa ao processo -incluindo a nota fiscal de aquisição das doses- à unidade da secretaria estadual de agricultura ou similar mais próxima.
Quem não vacinar seu rebanho ficará sujeito à aplicação de multa, que varia de acordo com a legislação estadual. Em São Paulo, por exemplo, é de cinco Ufesps -unidade fiscal paulista- por cabeça, o que equivale a R$ 66.
As vacinas para essa campanha serão fornecidas por seis laboratórios credenciados pelo ministério, a saber: Bayer, Merial, Cooper, Valle, Pfizer e Intervet.
Santa Catarina é o único Estado no qual a vacinação não é realizada, por ser considerado nacionalmente como área livre de vacinação sem aftosa.
Apesar de compulsória, a vacinação nem sempre chega a 100% do rebanho. Em Mato Grosso, por exemplo, a primeira etapa da campanha atingiu 98,3% do total de animais a serem imunizados no Estado. Em São Paulo, a cobertura foi de 99,4% em maio.
(FABÍOLA SALANI)


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