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COMÉRCIO EXTERIOR
País comprou US$ 5,836 bi em outubro, o maior valor mensal da história; reaquecimento é a principal causa
Importações batem recorde com retomada
ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As importações brasileiras de
outubro -US$ 5,836 bilhões-
foram as maiores da história. O
recorde anterior ainda era do período antes da desvalorização do
real, em janeiro de 1999, que encareceu os produtos importados no
país. Em julho de 1997, o país havia importado US$ 5,783 bilhões.
O incremento das importações,
no entanto, não afetou o desempenho global da balança comercial, que apresentou um superávit
de US$ 3,007 bilhões em outubro
-uma variação pequena em relação ao registrado no mês anterior,
que fora de US$ 3,172 bilhões.
Nos dez primeiros meses deste
ano, as exportações superam as
importações em US$ 28,121 bilhões. As exportações no mês somaram US$ 8,843 bilhões, 16,9% a
mais que no mesmo período do
ano passado.
Com a retomada do crescimento econômico, as compras externas sobem desde junho. O bom
desempenho das importações no
segundo semestre garantiu um
outro recorde: as compras efetuadas entre janeiro e outubro deste
ano -US$ 51 bilhões- também
são as maiores da história. O recorde anterior para o período era
também de 1997 (US$ 49,180 bilhões), época em que o real praticamente equivalia a um dólar
-atualmente, a cotação da moeda brasileira está em R$ 2,83.
"As importações vão se manter
nesse nível. Elas decorrem da própria retomada dos investimentos", afirma o diretor do Decom
(Departamento de Defesa Comercial), Armando Meziat, que
divulgou ontem os dados da balança comercial.
As importações que mais cresceram do ano, quando se exclui o
petróleo, foram as de insumos.
Esses produtos são usados pela
indústria para fabricar bens de
consumo final, o que indica um
aumento na produção. De janeiro
a outubro deste ano, as importações de insumos somaram US$
27,350 bilhões, um crescimento
de 28,7% com relação ao mesmo
período de 2003.
Todas as grandes categorias de
importação apresentaram altas
substanciais no período (acima
de 15%), com exceção das compras de automóveis que tiveram
um decréscimo de 6,9%.
Segundo Meziat, os investimentos na produção de carros no Brasil limitaram as importações para
apenas alguns carros de alto luxo.
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