São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2004

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TRABALHO

Reunião será realizada hoje

Centrais vão ao TST pedir volta de taxas

DA FOLHA ON LINE
DA REPORTAGEM LOCAL

Representantes de três centrais sindicais -Força Sindical, CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e SDS (Social Democracia Sindical)- se reúnem hoje com o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Vantuil Abdala, para pedir o fim da portaria nš 160, editada pelo Ministério do Trabalho em abril, que impede os sindicatos de cobrar taxas confederativa e assistencial de não-sindicalizados.
Segundo as centrais, essa proibição poderá fechar a maioria dos sindicatos no país, já que os recursos arrecadados com essas contribuições representam a maior parte do orçamento das entidades.
As três centrais anunciaram na semana passada que suspenderam sua participação no Fórum Nacional do Trabalho -entidade criada para discutir as reformas sindical e trabalhista no governo Lula. Para os sindicalistas, como há um projeto para mudar a estrutura sindical do país, não poderia haver impedimento na cobrança de taxas de não-filiados.
No projeto de reforma sindical, foi discutido um prazo de transição para mudar a forma de arrecadação dos sindicatos -de três a cinco anos.
O Ministério do Trabalho informou que revogou a portaria nš 160, após acordo com as centrais. Em seu lugar, publicou a portaria nš 180, propondo uma trégua até 2005 com o compromisso de que as centrais orientassem os sindicatos a não cobrar taxas abusivas de sócios e não-sócios.
No entanto o Ministério Público Federal obteve liminar na Justiça Federal derrubando a portaria nš 180, que restabelecia a cobrança. Com isso, a cobrança de contribuições de não-sindicalizados volta a valer.
"O ministério insiste ainda em buscar soluções para superar esse problema, desde que isso não afronte as legítimas decisões do Poder Judiciário e contribua para coibir abusos no recolhimento dessas contribuições", diz nota oficial do ministério. "A solução definitiva dependerá, no entanto, da aprovação da reforma sindical, que prevê um novo sistema de sustentação financeira dos sindicatos", afirma a nota.


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