São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2004 |
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NO CAMPO Safra 2004/2005 terá R$ R$ 25,5 bilhões em financiamento no setor BB aplicará 24% a mais em crédito
LUIS RENATO STRAUSS DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O Banco do Brasil aplicará R$ 25,5 bilhões em financiamentos na agricultura para o período 2004/2005. O volume de recursos é 24% superior ao empregado na safra que está sendo encerrada -foram liberados e utilizados integralmente R$ 20,58 bilhões. Os recursos fazem parte do pacote de R$ 46,5 bilhões que o governo anunciou em junho para financiar a safra 2004/2005 -45% a mais do que o valor disponível no período 2003/2004. Devido à greve dos bancários, houve atraso da liberação de R$ 236 milhões em investimentos entre setembro e outubro, mas a situação será normalizada neste mês, informou o banco. A maior oferta de crédito acompanha a retração do mercado (setor privado) em fechar contratos antecipados com o produtor de grãos. Neste ano, puxado pelo setor da soja, eles tentaram renegociar os preços dos acordos firmados em 2003. A saca que foi negociada entre R$ 27 e R$ 30 naquele período subiu para R$ 50 em abril -atualmente voltou para o patamar de R$ 30. Há desconfiança de que essa situação possa se repetir na próxima safra. O crédito liberado pelo Banco do Brasil está dividido em 75% para produtores que fazem parte dos programas do governo, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), com juros de 8,75% ao ano, e o restante a juros de aproximadamente 18% ao ano. Do total, R$ 4,1 bilhões serão liberados para a agricultura familiar. Quem não conseguir pegar esse financiamento terá como opção pagar juros, que, na média do mercado, ficam em 25% ao ano. Segundo o banco, os produtores vêm experimentando alternativas ao crédito tradicional, como a CPR (Cédula do Produto Rural). O Banco do Brasil, que movimenta mais de 70% dos títulos (CPR) no país, aumentará em 221% o volume de recursos destinados a esse tipo operação, que deverá chegar a R$ 3 bilhões neste ano. O banco, além de conceder o aval à operação, aplicará R$ 900 milhões na compra de títulos, com carteira própria, a juros de aproximadamente 20%. O banco também anunciou uma nova linha de financiamento, o FAT Integrar, para investimentos em silos, irrigação, armazéns e outros gastos na infra-estrutura rural. O montante de recursos é de R$ 600 milhões, a juros de 10,75% ao ano. O dinheiro é destinado a grandes produtores. Texto Anterior: Pós-urna: Eleições derrubam vendas no comércio Próximo Texto: Trabalho: Centrais vão ao TST pedir volta de taxas Índice |
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